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“Ao rir-me da postura de seriedade,
Rasgo-me de riso com vontade,
Do meu produto mais sério,
Embrulho-o em mistério,
Ato-o com verdade,
Ajo com critério,
E
sobriedade!...”
*
Vendem-se Natais,
Compram-se os pais do Natal,
Apagam-se as impressões digitais,
Surdem com apelativas aparências
divinais,
Mãos lisas que tentam alisar a Marca
ancestral,
Sem deixar marcas, apagando a Santa Marca
imaterial,
Do Fruto da árvore Mãe com as suas raízes
mais naturais,
Árvore que com seus ramos cobertos por
cada folha celestial,
Com sua árvore companheira, são raízes essenciais,
Do humano valor natural,
Em (e)terna vigília,
Amor universal,
Família!...
Família!...
Essa qualidade de valor eterno,
Valor incalculável a perder-se no valor
moderno,
Templo invertido que desaba de filhos
para pais,
Abrigo em construção do desamor fraterno,
Construído sem impressões digitais,
Por seres lisos de todos os Natais,
Sem marcas nem aderência,
Sem humana clemência,
Lisos por vis metais,
Triste demência,
E pouco mais!..
*
“Anseio estar tão só,
Com minhas lágrimas sós,
Ato o riso com cegos nós,
Embrulho critérios em pó,
Dou-me à piedade sem dó,
E choro por mim e por vós!...”
E choro por mim e por vós!...”
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