terça-feira, 20 de junho de 2023

NÃO HÁ BOLA SEM SENÃO






Dentro de ti, ó meu Portugal,

Já foste Portugal dentro de ti,

Dentro de ti, já a ti não és igual,

Tão igual és a quem de ti se ri.


Tão redonda é a esférica riqueza, 

Da bola sem alma nem coração,

Que cresce nesta perdida nação,

Bela é a cegueira da pobreza,

Não há bola sem senão.


Aluga-se este Portugal de ninguém,

A todos os apátridas estrangeiros,

Pagas com o dinheiro de alguém,

Sujam-se valores verdadeiros,

Lavam-se sujos dinheiros,

Todos sabem de quem.


Sem nacional dó nem piedade,

É Portugal um jogo de asneiras,

Na bola é escondida a verdade,

De mentiras verdadeiras.