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sábado, 23 de dezembro de 2017

Inocente sem Culpa


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Tudo à sua volta O deveria ser,
Desejos simples, humildes, justos,
Mas a humildade tem os seus custos,
Custa muito perder a força do poder,
Uns corrompem seus próprios sustos,
Só Jesus não teve culpa de nascer!...

Nascem todos para morrer,
E só não morre quem não nasce,
Tantos morrem sem a vida aprender,
Tantos são os que morrem sem o saber;
Se toda a morte se fosse e, única, a vida ficasse,
A morte do fim, por seu nascido princípio, acabasse,
Seria a morte do sentido da vida sem a querer,
E sem querer, a vida da verdade se desviasse,
A viva verdade que pela vida a pudesse ver,
   Sem que visse algo que na morte amasse,
      Amor nascido para do Exemplo viver!...

Mas por nossa tão triste sorte,
Quando todos O deveriam ser,
Todos comemorarão sua morte,
Com prendas e trocas de prazer;
Resta o exemplo cheio de vida,
Que à morte não há de ceder,
Talvez muita Fé pareça perdida,
Mas é apenas uma despedida,
   E encontro que há de suceder!..

Á sua volta alimentam seu exemplo,
Exibem o Homem em apelo à consciência,
Enchem de ouro e pecado cada templo,
    Jesus não é culpado da sua inocência!...
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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Gelo do Fogo Posto

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É tão fácil culpar as chamas,
Pelo fogo que te vai consumindo,
É tão fácil ser livro feito de lindas flamas,
Livro que vai ardendo nesse fogo que amas,
Sem frases que, ardendo, fossem luzindo,
Por cada página que te vai consumindo,
    Ao abrigo do fogo que tanto clamas!...

É tanto o calor,
É insuportável o frio sem rosto,
São tão tristes as cinzas frias do amor,
  São tantos os corações vítimas de fogo posto!...
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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Confissão dos Pecados Inconfessáveis

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Todos temos inconfessáveis pecados,
Escondidos no inferno da consciência,
Alguns permanecem bem guardados,
E logo vem o castigo pela confidência,
  Dura lei dos pecadores inconfessados,
    Que auferem de decisória tendência!...

Exibimos os pecados que não temos,
Atrás dos pecados que escondemos,
Pecamos por virtude,
E por vício para que vícios paguemos,
Absolvida vicissitude,
De pecados, amiúde,
 Antes que os pecados confessemos!...

Também eu me confesso,
Dos pecados que não tenho,
Confesso que de mim desdenho,
Por ter culpas do que não expresso,
Parto do pecado, inconfessável regresso,
  Sou um caminho de pecados por onde venho,
      Sou cada pedra do meu caminho onde tropeço!...
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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Goodbye England ( Estrela de David... Cameron)


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Sinto pena deste reflexo envergonhado,
Neste avesso espelho irreflectido por mim,
Vejo nascer esta geração já perto do seu fim,
Reflecte-se em suas mãos, tempo desperdiçado,
E nem o teu inocente sorriso, de sorriso disfarçado,
Que me envolve em ingénuos aromas de jasmim,
Me devolve a imagem perfumada que eu guardo,
Da liberdade e das flores vistas assim…
Como aquelas flores de tempos idos,
Flores que nasceram em jardins instruídos,
Crescendo entre a sensibilidade e o cuidado,
O cuidado com cada pétala de perfumado cetim,
De cada sílaba, do desejo e cada olhar delicado,
As lúcidas palavras gravadas em branco marfim,
E a polidez desenhada nos marfins mais polidos;
Pétalas vivas entre cada página dos livros lidos,
O perfume das palavras e dos livros diluídos,
     Nos perfumados saberes conseguidos!...

Crescem todas as palavras de paz,
Nas páginas de tantos livros de guerra,
Ser perfume sem flor,
Ser pétala sem cor,
Tanto faz…
Ser jardim sem terra,
Ser livro que a História encerra,
Onde o nosso jardim da memória jaz,
E pouco mais resta desunir do real amor,
 Realeza desse perfumado embaixador,
     Condenado ao regresso a Inglaterra!...

Da união do reino,
Ao reino da desunião,
Oxford, universidade de treino,
   Ovo Sionista chocada no ninho Alemão;
 Afinal, William Shakespeare nunca existiu,
E os reinos são uma ilusão,
O Reino Unido caiu,
    Acabou a união!...

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"Meu maravilhoso Reino Unido,
My sweet Elizabeth, minha rainha,
Foste muito desta vaidade tão minha,
Por vossa graça, de graça teria eu morrido,
Dado a vida, sem desgraça, pelo dever cumprido,
Meu admirável reino de primavera, minha andorinha,
      Como conseguiste deixar que teu ninho fosse destruído?!..."
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PS-Só para que conste e se perceba melhor mais qualquer coisa,

David Cameron descende d0 Banqueiro Judeu, originário da Alemanha, Emile Levita.

     



terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Anuência do Fim do Mundo - Silêncio da Culpa e da Inocência


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Crianças desfilam em passadeiras rendadas,
Despidas da inocência até às rendas adultas das ligas,
O adultério embuçado de silêncio não lhes diz que foram violadas,
Transformando-as em sombra de silenciosas filhas envergonhadas,
Ainda antes que o sol despontasse nos olhos das jovens raparigas!...
Os pais anoiteciam no segredo do ciúme, demasiado cedo,
Mães, entregavam-se às noites da vergonha e do medo,
O silêncio da noite contava às filhas histórias antigas,
Histórias que se escondiam no silêncio das amigas,
E das lágrimas agrilhoadas ao mudo segredo,
     Atrás dos gritos das palavras amordaçadas!...
Hoje, já mulheres desesperadas,
As crianças continuam a desfilar,
Pais pagam para as namorar,
Mães são desprezadas,
   E proibidas de falar!...

Os pequenos lábios vermelhos desfilam, sensuais,
Insinuam-se os olhares perdidos nas cores do pecado,
Os aplausos entrelaçam-se em nós de laços carnais,
E antes que as crianças possam crescer mais,
   Já suas virgindades têm o destino traçado,
Com a anuência destes tempos brutais,
       Num banal espectáculo desgraçado!...
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Nostalgia da Culpa e da Inocência


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Em estado latente de nostalgia,
De alma ao abandono no olhar,
Via as horas dos sonhos flutuar,
Só Deus, de sua memória sabia,
Confessara seu silêncio, um dia,
Silêncio onde se recolheu a orar,
Só, a Deus, só seu silêncio pedia,
    Para só o seu silêncio confessar!...

No silêncio de sua pura inocência,
Onde a sua culpa se foi perdendo,
Confiou em Deus e sua clemência,
 Concílio da Alma e sua consciência,
Felicidade e silêncio acontecendo!...

    
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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A Culpa da Formiga


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Diz quem assistiu,
Que em consciência concordava;
A formiga nada fazia e só trabalhava,
Afirma quem viu,
Que até o Sol a formiga carregava,
Provocando a sombra que descansava,
Juram que a formiga nunca desistiu,
Até há quem jure que ela se riu,
Da sombra por onde passava,
    E com sua sombra fugiu!...

A ter de haver quem toda a culpa carregue,
Tal carrego é todo da trabalhadora formiga,
Oh, será dada a justiça por bem empregue,
Oh, ó deus que vives em nossa farta barriga,
 Só tu sabes o quanto nos causa tanta fadiga,
Fugir da formiga que sempre nos persegue,
Com o seu trabalho que nos obriga,
    À fuga que logo se segue!...

E, Deus…
Em sua divina justiça,
Com muita fé, reza quem viu,
Mandou a sombra da preguiça,
      Para a culpa que a pariu!...
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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Prisões Semelhantes

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Circula um rumor inocente,
Em prisões cheias de liberdade,
Que há uma liberdade diferente,
Na justiça algemada de tanta gente,
Pouco se importando com a igualdade,
De ver a justiça condenar a verdade,
Do mesmo modo que livremente,
    Serve a injustiça com lealdade!...



Á liberdade aparente,
Esconde-se a semelhança,
Entre a liberdade vigente,
E seu ponto final iminente,
   Já presa por insegurança!...

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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Inocência da Luz

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Mais para o fim de um fim iminente,
No início dos princípios da iminência,
Um pequeno ser de pureza tão luzente,
De entre trevas nasce-Se Luz inocente,
  Dada à luz pela mais sagrada evidência,
De não ser culpado pela sua inocência,
     Condenação judaica de culpa evidente!...

Somos n’Ele todos nós como iguais,
Nascidos nus de todos os pecados,
Nus até à Alma de comuns mortais,
E por mortais comuns degenerados,
Cientes de virem a ser consagrados,
   Por vícios de vulgaridades normais!...

Mas se somos n’Ele de igual jeito,
A nua inocência condenada à culpa,
    Traremos nossa culpa presa no peito!...

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