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Espreitam dias de sonhos satisfeitos,
Dias insatisfeitos não querem adormecer,
Nascem dias iguais em dias de
preconceitos,
Vivem-se dias de advento pelo dia que vai
nascer,
São vendados os dias condenados a
escurecer,
Há um dia de sol a nascer em todos os
leitos,
A hipocrisia insinua-se antes do
anoitecer,
Há fitas de ouro para os dias
escorreitos,
E fitas tristes em dias desfeitos,
Dias de entristecer…
Dias em que a tristeza se vende aos dias,
Dias que silenciam a chegada do mais belo
dia,
Anunciam-se dias de sonho com singela
hipocrisia,
Um dia de barba branca vende-se entre
mercadorias,
Veste sorrisos vermelhos debruados com inúteis
alegrias…
Dias de mãos vazias contemplam a chegada do
dia da alegria,
Vivem dias de respeito pelo advento com humilde
euforia,
Não temem os dias de dar à luz em noites
mais frias…
Têm dentro de seus dias um dia a bater de
calor,
E dia algum, por mais dia frio que se
faça,
Não fará do dia um dia de desgraça,
Porque não há dia de maior valor,
Do que aquele que não passa,
Dia do Filho do dia Criador,
E de todo o dia Pecador,
Dia de toda a graça,
Dia de Amor!...
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À espreita entre os dias de laboratório,
Dias cobertos de trevas tentam alargar
seu território,
Trazem calabouços para trancarem as
noites da Humanidade,
Concederam aos piores dias a perfídia do dom
oratório,
Negociaram a Luz da Alma pelo desejo
corpóreo,
Tendo a morte do Dia anunciado como finalidade!...
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