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Abordavam a ansiedade do menino,
delicadamente,
A bem de suas verdades que a mentira se não
visse,
Sorriam doces ameaças, muito
educadamente,
Pedindo que fosse educado e mentisse,
Ofereciam-se a quem se omitisse,
Ao mentir verdadeiramente,
Com a verdade aparente,
E
se da verdade fugisse,
Apenas seria diferente,
Do muito que sentisse!...
O menino fora muito bem criado,
Por educadores pobres sem pobreza,
Sabe o verdadeiro valor de sua íntegra
riqueza,
Senhores e senhoras querem-no na condição
de comprado,
Prometem-lhe verdadeiros sorrisos e um passaporte
acreditado,
Não lhe pedem que fraqueje aos olhos
vendados da franqueza,
Nada custa mentir, se mentindo passar por
bem educado,
E
faz feliz a velha verdade tratada com ligeireza!...
O menino fez-se o mesmo de si,
Cresceu com a verdade que não mudou,
É verdade que a verdade envelhece por aí,
E há velhas mentiras que nascem aqui e ali,
Perguntam à inocência que as censurou,
Porque bate com a verdade e sorri!!!...
Lá se foi perdendo a compostura,
Na descompostura que foi crescendo,
Fizeram-se templos de imaculada lisura,
Demitindo-se da verdade e, se porventura,
Nas costas largas dos outros se foram
lendo,
Deixaram de ser costas ainda que as sendo,
Omitiram sua extensão em toda a largura,
Do nada valer de que se foram valendo!...
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