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domingo, 7 de agosto de 2016

Autómatos de Deus

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O autómato sintomático,
Com sintomas de automatismos,
Faz um discurso automático,
Cheio de preciosismos!...

Invoca automatismos de Deus,
Como se os autómatos fossem todos ateus,
Faz-se crer um enviado de deus e autónomo,
Sabendo-se um religioso heterónomo,
De automatismos que não são seus,
Preçário automático de fariseus,
Preço de obediente ecónomo,
   Títere articulado por judeus!...

E não faz perceber que se apercebe,
De ser um frio autómato programado,
Em sua celebração os autómatos recebe,
  Fala-lhes dos autómatos, mas nunca da plebe,
Esse rebanho autómato por autómatos orientado,
Automatizando a liberdade desse cordeiro sacrificado,
Obrigado a ser autómato que sangue de Cristo bebe;
É o corpo sem alma,
Corpo que se espalma,
Entre a prisão e a consciência,
Onde se move com triste calma,
Envolto nesse véu de reminiscência,
Quase Espírito sem coexistência,
     Que a razão autómata desalma!...

Passo a passo,
Assoberbam-se do seu Deus,
Nada mais cabe em corações seus,

  Nem para a verdade de Deus têm mais espaço!...
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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Fogo santíssimo

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Fui condenado ao fogo diabólico,
Por combater o diabo em cada mente,
Pelo santo, foi um santo castigo simbólico,
Fizeram de mim,
Um santo, por dizer assim,
Eleito ao inferno, por santos, simbolicamente,
Fazendo-me mais um santo diferente,
Em pedestal de paraíso retórico,
Esculpido pacientemente,
 Pelo julgamento católico,
    Católico até ao fim!...

Mas, o fogo infernal,
O inferno da madeira secando,
A carne em fogo e o pecado original,
O prazer queimando no inferno celestial,
E o fogo que, a quente, a razão foi apagando,
Sem que  os pecadores soubessem até quando,
A alma da seca madeira fosse tão igual,
 Aos santos que em lume brando,
     Ardiam num inferno de moral!...

Não sei se a madeira com que me fizeram,
Foi altar benzido por todos os pecados,
 Ou se todos os pecados quiseram,
    Ser na madeira sacrificados!...
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domingo, 9 de agosto de 2015

Tão... Tantas, as Almas...


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Tantas almas perdidas,
Á espera das despedidas,
Tantos, os lenços sem dono,
Tantas, as almas ressentidas,
Á espera do seu fiel patrono,
Tantas, as almas ao abandono,
Tantas, as primaveras fingidas,
Á espera de um triste Outono,
   Tantas são as árvores despidas,
Por seus deuses em seu trono,
     Tanta fé à espera das partidas!...

Tanto santo lenhoso,
Tanta santa de porcelana,
Á espera do machado piedoso,
Á espera da beata pedrada insana,
Tão lenhosa é a pobre alma humana,
Tão insignificante é o lenho milagroso,
 Á espera da religiosa alma profana,
  Tão profano é pecado religioso,
     Que por Deus se engana!...

Tão pouca fé no semelhante,
Tão pouca fé na fé viva da Vida,
Tanta é a fé no caruncho cintilante,
Tão pouca é a fé na fé d’Ele renascida,
Tanta é a fé na vaidade degradante,
     Tão pouca, a fé em desgraça caída!...

Tão perto está o pessimismo,
Tão longe está o pessimista,
Tão perto está o abismo,
Tão longe o humanista,
     Tão em nós, o egoísmo!...

Tão ocos de alma,
Tão vazios da verdade,
Tão insaciáveis de vaidade,
 Que nem Deus os acalma,
      Em sua infinita bondade!...
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domingo, 18 de janeiro de 2015

Deus e os templos das divindades


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Deus ajoelhou-se aos pés da divindade,
Pediu-lhe toda a força que sua fé tivesse,
As pedras pesavam toneladas de vaidade,
Só movíveis com a força da humildade,
Pediu-lhe que homem humilde se fizesse,
Para construir-se do melhor que soubesse,
Bem assente que ficasse sobre a verdade;
Por um estranho momento,
Pareceu fazer-se claridade,
Da luz erguer-se-ia um monumento,
    Mas logo se levantou um obscuro vento,
         Que trouxe erosivas poeiras sem piedade!...

A divindade pediu mil homens capazes,
Fortes e humildes como só os escravos sabem ser,
De poucos sonhos e por ele dispostos a morrer,
Pediu mais mil capatazes,
E outros mil engenheiros audazes,
Exigiu as mais ricas pedras para escolher,
Mármores rosa em formas de perfeitos rapazes,
     E deusas de mármore esculpidas para não morrer…
E tudo morreu...
Menos o mármore sem vida!...

Não sabem as divindades que Deus deu,
A inocência à vergonha perseguida,
Decretam que Deus se escondeu,
Da maior derrota sofrida,
Pelo Filho que é seu,
Talvez sejas tu e eu,
    A luz e a luz da vida!...

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Rodeados por suas pedras amontoadas sem amor,
Divindades não vêm a Luz erguer-se em seu redor,
Crianças regam flores com um sorridente exemplo,
Deus sorri quando vê uma criança semear uma flor,
    E sorri ao vê-las crescer nos frios ermos do templo!...
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A Porta (Ruínas da Esperança e da Virtude)


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O que mais as revoltavam,
Era o prazer de tanto gostarem,
De suas culpas que lhes apontavam,
Simulando a denúncia que lamentavam,
Não se sabe se por não se envergonharem,
     Ou por mais rumores que sobre elas faltavam!...

Sentadas no último banco da Igreja em ruinas,
De mãos unidas num entrelaçado de fingimento,
Faziam ondular uma sequência de invisíveis cortinas,
Até ao velho padre que aos olhos das sagradas doutrinas,
Vestia transluzimentos de Deus, cobrindo-se de fundamento,
Da brisa dos rumores iam caindo cortinas de pensamento,
     Até só restarem a porta fechada e quatro esquinas,
       E o rumor invisível de um divino lamento!...

Com os rumores do tempo,
Rumores em invisível abatimento,
Cada esquina ruiu envolta em solitude,
As cortinas ainda ondulam naquela quietude,
Inquietas com os rumores que batem à porta,
Dizem que fora de portas há uma igreja morta,
    Envolvida em cortinas desprendidas da virtude!...

Atrás da porta fechada, ondula a solidão do vazio,
Não há ventos de paz e a meiga brisa do amor ruiu,
A boa-fé na plenitude de Deus entrou em desvario,
Um mensageiro sem saída perdeu-se num desvio,
Vazio de Humanidade aproximou-se cheio de frio,
Ajoelhou-se em frente da velha porta que se abriu,
Orações vazias jaziam sob o pó do futuro sombrio,
    Já dentro de si, olhou para fora e com a porta caiu!...

Com o Amor a perder-se num caminho tão incerto,
    E com Jesus a nascer, nascia o Amor ali tão perto!...


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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

(im)Postura

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…perturbação entre a dúbia mistura,
Dúvida e certeza e início concludente,
Na cruz, o pior de retro, à frente a lisura,
A fé líquida no chão, sobre ela a espessura,
A percepção esgueirada e temente,
A vénia urgente,
O lustrar da moldura,
A obediência da figura,
Sagrada loucura patente,
Na arrogância pertinente,
E a ostentação impura,
Da pureza descrente,
     Crente na postura!...

O resto da mão,
O Coração e o que resta,
O beijo, a baba e resto da razão,
A primeira cruz impiedosa na testa,
A distância à distância do perdão e o perdão,
O castigo auto infligido e a obrigação,
A curva do ímpio que se presta,
E os curvados em conversão,
Os olhos arrancados do chão,
A raiz desenterrada e a floresta,
    E Deus acima do que é permitido ver!...
E o maior pecado!...
A elevação do olhar e espírito elevado,
O pecado da falta de razão de viver,
A falta de vida e nunca morrer,
O que podia ter faltado,
-E faltou-
A falta que Deus perdoou,
E entre os deuses, Deus impossível de ter,
Sem que jamais chegasse a entender,
Porque Deus não o olhou,
Se tudo fez para o merecer,
   E se pecado houve, foi por Ele que pecou!...
Ou…
Pelas portas que se foram trancando,
E o trancaram num deus do qual não se libertou,
E sem saber que pecando,
Desde que Deus o criou,
    Com Ele se foi libertando!...

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 Os reis estão em muitas barrigas,
Deus não enche a barriga a ninguém,
Alguns donos de Deus são divinas desobrigas,
Dispensados do pecado comem com serpentes inimigas,
Engordam com todos os pecados que lhes sabem tão bem,
Dos dez mandamentos apagaram-se as intolerâncias antigas,
  A luz deveria libertar e está nas mãos da impostura que a tem!...
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domingo, 27 de julho de 2014

O Lobo Branco da Estrela


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Os lobos já não são o que deles sempre se esperou,
Guiam as ovelhas cegas como fiéis cães,
Meigamente,
Com dentes da Estrela fizeram-se pastores Alemães;
Um cordeiro pergunta pela irmã que se tresmalhou,
De sorriso vestido um lobo branco para ele se virou,
Docemente:
-Foi imprudente!...
Á sua volta, vestiam novas peles os guardiães,
Com carne nos dentes, o lobo branco, o cordeiro beijou;
   Nos campos brancos cobertos com a lã de muitas mães,
O pequeno cordeiro ajoelhado, com o lobo rezou,
Timidamente,
  E, crescendo, por ali se ficou,
Com a pele que com ele, o lobo trocou,
   Humildemente!...

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terça-feira, 22 de abril de 2014

Os Cravos das Duas Mil Páscoas


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Escondes num bolso três cravos clandestinos,
No outro escorre o sangue da mão escondida,
Carregas a cruz tatuada de múltiplos destinos,
Dói-te a luz da alma nas trevas da carne ferida,
Rezas para que a Liberdade te seja concedida,
Vês Deuses na consciência dos fios mais finos,
Caminhas, sem caminho, entre os peregrinos,
   Procuras-te nos caminhos de tua Fé perdida!...

Escondes-te dos cravos que restaram,
És a dor dos inocentes sem sofrimento,
Falta-te a verdade e o arrependimento,
 Beijas os traidores e os que O mataram,
 Ao lavar as mãos dos que O entregaram,
      Ressuscitas a morte e o consentimento!...

  Não tens a consciência da bondade, pois não?!...
E da Verdade crucificada?!...
Rezas por uma chuva de dinheiro que compre o perdão,
Nada melhor do que uma consciência comprada,
Com algum dinheiro lavada,
E só Deus sabe dos Pilatos que por aí vão,
Muitos deles, sacros devotos à oração,
Temendo a hora da verdade ressuscitada,
    Que crucifique o poder escondido atrás da razão!...

Depois de tantas vezes O matarem,
E outras tantas vezes o intento fracassar,
Pediram muito dinheiro para o ressuscitarem,
Amando mais o dinheiro em vez de O amarem,
Pensaram em desistir da tentativa de O matar,
Mas os cravos continuam sem enferrujar,
Como se, bem vivos por Ele, sangrassem,
     E sem explicação continuam a sangrar!...

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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

As Pombas do Papa

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Bergoglio e "Madona",
No palco partilhado a meias,
Pela verdade que vem à tona,
Ondula o líquido sobre as teias,
Talvez seja o azeite de candeias,
Breu feroz de secular intentona,
Que não se limitando à sua zona,
    Tomaram o mundo em alcateias!...

Papa de livres credos e religiões,
Papos d’anjo de mui nobres intenções,
Agora, vejam bem o milagre de tudo isto,
Vai o Papa, papando os créditos de Cristo,
Congregando as mais diferentes opiniões,
O Messias sem anúncio nem nunca visto,
  Espectáculo para amolecer os corações!...

A peneira que falsos raios de Sol destapa,
Jesus Cristo, atirado à morte pelo Judeu,
   Para espanto dos traidores, não morreu!!...
Ressuscitou a Paz, sem espada nem capa,
Com seu humilde Amor que Deus lhe deu;
Se a morte não o matou, ninguém o mata,
A usura sem Deus, tomou Roma à socapa,
Se a Verdade reclama o crente como seu,
Crê-se no pagar pelo que sofre ou sofreu,
Em nome da Verdade infiltra-se um Papa,
   Conciliador enviado pelo insuspeito ateu!...

Sobe ao palco uma imagem da humildade,
Milhões de Almas em desespero de causa,
Perdem-se no pouco que resta da verdade,
Despojam-se perante o brilho da divindade,
E quando a mentira vai permitir uma pausa,
O palco bem montado volta a subir,
Sobe com ele a estrela celeste a fulgir,
Arrebatando a plateia com palavras de bondade;
A dignidade, a Paz e o Amor continuam a fugir,
Aproxima-se a miséria, o ódio e a guerra,
Há pedaços da Almas debaixo da terra,
     Corpos etéreos são para substituir!...

Chegada é a vez das pombas brancas imaculadas,
Jerusalém quer as bombas catolicamente alimentadas,
Falsos Cristãos fecham os olhos à presença dos falcões,
Abutres brancos pairam sobre malogrados corações,
Libertam-se aves de paz para serem assassinadas,
Aos olhos cegos das muito católicas opiniões!...

 Libertam as pombas,
Libertam a brancura,
Libertam as bombas,
  Libertam a ditadura…

Canta uma juventude insegura:
“Papa Rock,
Papa Papa,
     Papa Pop”!...


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Subjetivo Papal


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Obedecendo à estrela bífida dos tais,
 Os humildes clones crucificam a verdade,
A ciência do sorriso omite as traições fatais,
Escondidas nas costas da cruz coberta de ais,
Mas, nos olhos da miséria cresce a falsidade,
Com milagrosas promessas de bondade,
Nascerão frutos dos milagres papais,
    Deus é vítima da santa castidade!...

Aos seus pés pedia a Deus,
Para ser Deus exclusivo,
Só seu, pedidos seus,
A deuses ateus,
    Subjetivo!...
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