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Fui condenado ao fogo diabólico,
Por combater o diabo em cada mente,
Pelo santo, foi um santo castigo
simbólico,
Fizeram de mim,
Um santo, por dizer assim,
Eleito ao inferno, por santos,
simbolicamente,
Fazendo-me mais um santo diferente,
Em pedestal de paraíso retórico,
Esculpido pacientemente,
Pelo
julgamento católico,
Católico até ao fim!...
Mas, o fogo infernal,
O inferno da madeira secando,
A carne em fogo e o pecado original,
O prazer queimando no inferno celestial,
E o fogo que, a quente, a razão foi apagando,
Sem que os pecadores soubessem até quando,
A alma da seca madeira fosse tão igual,
Aos
santos que em lume brando,
Ardiam num inferno de moral!...
Não sei se a madeira com que me fizeram,
Não sei se a madeira com que me fizeram,
Foi altar benzido por todos os pecados,
Ou
se todos os pecados quiseram,
Ser na madeira sacrificados!...
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