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segunda-feira, 25 de junho de 2018

Padres, Padrinhos e o Padrão


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Há um padrão,
Dito cujo e valor,
Medida de corrupção,
Sempre livre de suspeição,
Defendido com muito amor,
Pelo advogado, ilustre doutor,
Que trabalhando em associação,
   É no reino da injustiça, embaixador!...

Outros reinos, reinos de padrinhos,
Padrinhos de seus afilhados valorosos,
Com muito valor dizem deles, vaidosos,
E lá os levam bem aconchegadinhos,
Entre cunhas de panos quentinhos,
E dos olhos de muitos ranhosos,
Pelos eleitos feitos parvinhos,
  Afilhados muito rigorosos!...

São os padres um padrão
Fiéis seguidores da santa corrupção,
Escondidos em sagrados pergaminhos,
Arrebanham beatas desprezadas no chão,
Beatas fumadas pelo desejo do sacristão,
Que está proibido de beber o melhor vinho,
E de cobiçar o protagonismo da oração,
Coberto de intenso cheirinho!...


Padres e padrinhos são um padrão,
Daqueles que prometem todos salvar,
Tudo acaba com o fim do coração,
Que um dia há de parar,
Se o dia não parar primeiro;
Mas o padrão de comportamento,
De todos os pecados mortais prisioneiro,
Segue a equação conveniente do dinheiro,
E se outros pecados vêm ao pensamento,
Equaciona-se uma igualdade no momento,
    Em que o fingido parece verdadeiro!...

Tão verdadeiros são os afilhados,
Os padrinhos, o padrão e os padres,
Fingidores, verdadeiros compadres,
Seguidores dos padrões instalados,
Uns, em nome de Deus invocados,
    Ou devoção fingida das comadres!...

Pode o padre ser um padrão,
Padrão pode ser o padrinho,
    Só Deus sabe o que eles são!...

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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Na queda de Jesus (Vazio de Deus)

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Nada é mais real,
Do que a incoerência,
Jesus passou a ser algo virtual,
E ninguém resiste à inconsciência,
Desse vazio de estranha influência,
Que esvazia o sentido do Natal;
Jesus começou a deixar de existir,
Bebem-se pecados pelo santo Graal,
Nada mais, d’Ele, parece persistir,
Há um abismo em pleno ritual,
Uma ceva sacerdotal,
    Dada a consumir,
        A uma fé digital!...

Como há de o Natal resistir?!...
Como há de resistir Jesus cristo,
Se, por podre causa de tudo isto,
Só os hipócritas jamais irão desistir,
De os condenados animais confundir,
    Com o virtual alimento previsto?!...

Deus já não existe,
Jesus foi um homem qualquer,
A Fé sobrevive na Alma que resiste,
 Não na mentira do venha o que vier!...
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sábado, 23 de dezembro de 2017

Inocente sem Culpa


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Tudo à sua volta O deveria ser,
Desejos simples, humildes, justos,
Mas a humildade tem os seus custos,
Custa muito perder a força do poder,
Uns corrompem seus próprios sustos,
Só Jesus não teve culpa de nascer!...

Nascem todos para morrer,
E só não morre quem não nasce,
Tantos morrem sem a vida aprender,
Tantos são os que morrem sem o saber;
Se toda a morte se fosse e, única, a vida ficasse,
A morte do fim, por seu nascido princípio, acabasse,
Seria a morte do sentido da vida sem a querer,
E sem querer, a vida da verdade se desviasse,
A viva verdade que pela vida a pudesse ver,
   Sem que visse algo que na morte amasse,
      Amor nascido para do Exemplo viver!...

Mas por nossa tão triste sorte,
Quando todos O deveriam ser,
Todos comemorarão sua morte,
Com prendas e trocas de prazer;
Resta o exemplo cheio de vida,
Que à morte não há de ceder,
Talvez muita Fé pareça perdida,
Mas é apenas uma despedida,
   E encontro que há de suceder!..

Á sua volta alimentam seu exemplo,
Exibem o Homem em apelo à consciência,
Enchem de ouro e pecado cada templo,
    Jesus não é culpado da sua inocência!...
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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Como Podes...?!

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Como podes julgar-me?!...
Julgar minha Fé expurgada,
Livre das tuas doutrinárias razões,
Que obedece ao canibalismo das comunhões,
Sem razão nem razoável clemência comungada,
Apenas temente à obrigação das cegas adorações,
Da configuração dos homens em suas prisões,
Configurados em cada palavra configurada,
Como se tua palavra fosse sagrada,
        Em teu juízo de divinas privações?!...

Como julgas, julgar-me?...
Julgando como aquele que te julga,
Esse que te obriga a escravizar-me,
E toda a liberdade da fé promulga,
    E da fé decreta libertar-me?!...

Como podes castigar-me,
Se nunca foste castigado?!...
Como podes reconhecer a razão,
Se a razão é um elo quebrado,
Na corrente da manipulação,
Inquebrável, sem nação,
O poder do enviado,
Imposição do diabo,
    Excomunhão?!...

Excomunhão!...
Como podes excomungar-me,
Excluir a minha Fé do Caminho,
Se sinto nosso Deus convidar-me,
    Para comer o Pão, beber o Vinho?!...
Ele é a fome que está a tomar-me,
É a sede que quer saciar-me,
É o murmúrio de carinho,
Que me alivia do teu espinho,
O teu julgamento de crucificar-me,
    Só porque julgas eu acreditar sozinho!...

Como podes libertar-me da minha liberdade,
Sem enclausurar a minha esperança em Deus,
Se não tens lugar à mesa da divina verdade,
    Onde não senta a crença de amigos ateus,
        Amigos teus sem dó nem piedade?!...

Como não é possível julgares-te,
Como podes não castigares-te,
Não excomungares-te,
  Ou libertares-te?!...
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