.
.
.
O autómato sintomático,
Com sintomas de automatismos,
Faz um discurso automático,
Cheio de preciosismos!...
Invoca automatismos de Deus,
Como se os autómatos fossem todos ateus,
Faz-se crer um enviado de deus e
autónomo,
Sabendo-se um religioso heterónomo,
De automatismos que não são seus,
Preçário automático de fariseus,
Preço de obediente ecónomo,
Títere articulado por judeus!...
E não faz perceber que se apercebe,
De ser um frio autómato programado,
Em sua celebração os autómatos recebe,
Fala-lhes dos autómatos, mas nunca da plebe,
Esse rebanho autómato por autómatos
orientado,
Automatizando a liberdade desse cordeiro
sacrificado,
Obrigado a ser autómato que sangue de Cristo
bebe;
É o corpo sem alma,
Corpo que se espalma,
Entre a prisão e a consciência,
Onde se move com triste calma,
Envolto nesse véu de reminiscência,
Quase Espírito sem coexistência,
Que a razão
autómata desalma!...
Passo a passo,
Passo a passo,
Assoberbam-se do seu Deus,
Nada mais cabe em corações seus,
Nada mais cabe em corações seus,
Nem para a verdade de Deus têm mais espaço!...
.
.
.