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sábado, 15 de abril de 2017

Serpentes de Pedra ( Muralhas da Oração)

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A dor cresce no caminho rasgado pelos insolentes,
Pedras lascadas fustigam o coração, infernalmente,
Por cada passo, as pedras afiam-se como navalhas,
Passos de pedra perseguem os passos do inocente,
Preparam-se as mortalhas,
Preparam-se as medalhas,
Embrulham corpos com o sangue frio da serpente,
Serpenteia o louvado mérito do carrasco, meigamente,
Preparam-se as fornalhas,
O corpo arde lentamente,
Preparam-se as batalhas,
Arde o ódio, docemente,
No inferno das muralhas,
    Construídas vorazmente!...

Cobre-me o silêncio de mais um dia,
Em silêncio pergunto ás lágrimas que vão caindo,
Se é calor meigo que do meu coração vai saindo,
Ou se cada lágrima que do meu coração saía,
Era mais uma pedra lascada que dele caía,
   No vale de lágrimas que foi construindo!...

Serpentes de pedra mordem de mansinho,
Suavemente, envolvem o meigo coração,
Prostram os fiéis aos pés da oração,
 Que rezam às pedras do caminho,
O sofrimento da ilusão!...
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quarta-feira, 12 de abril de 2017

Em nome d'Ele (Propósito do Senso Católico)

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O católico é um ser vingativo, por sua natureza,
Seu corpo, mesmo humilde, veste-se de riqueza,
Pelo seu deus, até por Deus, a Deus renuncia,
Esconde-se da Alma de Deus e da beleza,
E, desalmando-se de Deus, anuncia,
Mais um santo eleito com alegria,
  Santo que morreu de tristeza!...

Sinto crescer a descrença,
Não acredito no que me tornei,
Já nada sei sobre o que Deus pensa,
Sinto-me pecador como nunca e uma ofensa,
Ofendi os pecadores e por mim pequei…
Por mim, nunca a Deus me entreguei,
Mas, sempre em mim O senti,
Como imagem que nunca vi,
A mesma imagem a que sempre me dei,
      Imagem de esperança que d’Ele tenho de Si!...

Rogo-te que me apazigues, meu Deus,
Porque a nobre Igreja erguida em teu nome,
Enganando inocentes almas, os filhos Teus,
E, adoptando-os como sendo filhos seus,
    Alimenta-se, sôfrega, de sua fome!...
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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Puro Amor


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Não me leves o medo de sofrer,
Quero sentir a dor de cada pecado,
O fogo que na carne não os deixa ver,
Deixa que eu mereça ser o crucificado,
Que meu Amor por eles seja meu legado,
Eles saberão Amar enquanto neles eu viver,
Todo aquele que não Ama, ver-me-á morrer,
Esse não provará o doce sabor de ser Amado,
   Nem verá a Vida, para além da Vida, renascer!...

 Não me abandones, medo de sofrer

  Não me abandones amor amado!...

   
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terça-feira, 22 de abril de 2014

Os Cravos das Duas Mil Páscoas


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Escondes num bolso três cravos clandestinos,
No outro escorre o sangue da mão escondida,
Carregas a cruz tatuada de múltiplos destinos,
Dói-te a luz da alma nas trevas da carne ferida,
Rezas para que a Liberdade te seja concedida,
Vês Deuses na consciência dos fios mais finos,
Caminhas, sem caminho, entre os peregrinos,
   Procuras-te nos caminhos de tua Fé perdida!...

Escondes-te dos cravos que restaram,
És a dor dos inocentes sem sofrimento,
Falta-te a verdade e o arrependimento,
 Beijas os traidores e os que O mataram,
 Ao lavar as mãos dos que O entregaram,
      Ressuscitas a morte e o consentimento!...

  Não tens a consciência da bondade, pois não?!...
E da Verdade crucificada?!...
Rezas por uma chuva de dinheiro que compre o perdão,
Nada melhor do que uma consciência comprada,
Com algum dinheiro lavada,
E só Deus sabe dos Pilatos que por aí vão,
Muitos deles, sacros devotos à oração,
Temendo a hora da verdade ressuscitada,
    Que crucifique o poder escondido atrás da razão!...

Depois de tantas vezes O matarem,
E outras tantas vezes o intento fracassar,
Pediram muito dinheiro para o ressuscitarem,
Amando mais o dinheiro em vez de O amarem,
Pensaram em desistir da tentativa de O matar,
Mas os cravos continuam sem enferrujar,
Como se, bem vivos por Ele, sangrassem,
     E sem explicação continuam a sangrar!...

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sábado, 23 de março de 2013

Domingo de Ramos


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Abramos o nosso Coração,
Que nosso coração se abra exultante,
A Ele, à esperança e ao sentir da Oração,
Aceitemos com humildade essa emoção,
De receber Jesus Cristo com fé abundante,
Agradeçamos toda a sua luz cintilante,
E o júbilo da Divina sensação,
   De sua entrada triunfante!...
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domingo, 8 de abril de 2012

Páscoa

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Depois de tempestades tão cinzentas,
Onde as dores foram oferecidas ao fel e vinagre,
Celebra-se a Paz no coração amansado das tormentas,
   Sol de redenção que ilumina o misterioso milagre!...

Por nós passa este Sol de Cristo,
Olhar divino que nos aquece e ilumina,
   A Alma da Esperança no Milagre previsto!...
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domingo, 24 de abril de 2011

Páscoa


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Amanheceu!...
Depois de tempestade tão sangrenta,
Da Cruz açoitada com palavras de fel e vinagre,
Celebra-se o prodígio da Vida em vez da tormenta,
Dada à luz pela Esperança de uma Divina placenta,
Alimentada Luz ao redentor de jubiloso Milagre!...

Por nós passa este Sol nem sempre visto,
Deixando-nos a esperança do milagre previsto,
A Luz,
Ressuscitada da Cruz,
Este calor meigo do Sol de Cristo,
Este crer misto,
Que reduz,
O peso de nossa Cruz!...
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