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Era para ser,
Mas não foi e não é,
Muitos juraram morrer,
Pelo seu povo, até,
Era para ser,
Era para ser,
Mas, pé ante pé,
Chegaram os herdeiros do poder,
Levados às costas do Zé!...
E quando o povinho,
Já festejava com tanto vinho,
Mais delírios novos foram autorizados,
Esfumou-se em democráticos fumos
alucinados,
Nem conta se foi dando do seu estado de
sozinho,
Continuou a viver em plena alegria de
futuros adiados,
Com toda a liberdade para ser um livre
pássaro sem ninho,
Na certeza de, na dúvida, jamais serem
enganados,
Pela fineza dos herdeiros históricos,
roubados,
Monogramas bordados em fino linho,
E pelos distintos brasonados,
Que sugam com carinho!...
Era para ser,
Era para ser,
E foi como esperaram,
Só o pobre Povo não esperou,
Nem ganhou pelo que lhe roubaram,
Deram-lhe o direito de votar e neles
votaram,
Só o crente povo nunca no povo votou,
Nasceu para ser Zé e assim ficou,
Por
aqueles que o enganaram!...
Há quem não deixe ver,
Ver há quem não queira,
Sentado como deve ser,
No seu chão sem o saber,
Brasões estão na cadeira
Filhos duma só bandeira,
Era para ser,
Era para ser!...
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