.
.
.
Há uma história sobre penosas,
Gordas como só a pedrês do vizinho,
Esgravatavam umas receitas preciosas,
Nas estudantis cogitações pecaminosas,
Regadas com a inspiração de imenso vinho,
Néctar que nenhum estudante deixa
sozinho,
Esse professor de posteriores lições miraculosas!...
Sabe-se de um tardio jantar prometido,
Pela tradição que a todos dava muito
jeito,
Se alguns estudavam para um futuro
perfeito,
Já eram outros doutores de galinheiro
prevenido;
Despreocupada cacarejava a galinha sem
preconceito,
Se uns preferiam a tentação da coxa ou
cobiçado peito,
Asas fortes em pratos de moçoilas eram desejo resolvido!...
Nas entrelinhas dos livros da vida,
Entre a cultura dos sábios consagrados,
Histórias sobre estudantes mais
empenhados,
Ensinam aos mestres de juventude perdida,
O segredo mal guardado na excata medida,
Do mesmo empenho e iguais predicados!...
Namoravam-se as pitas depois de algum estudo,
Água na boca matava a sede ao ver as mais
gordinhas,
Combinavam-se encontros entre raposas e
as galinhas,
Todo pedrado, de crista murcha, lá dormia
o galo mudo,
Convencer as convencidas penosas era um
caso bicudo,
Prometiam-se panelas para as aninhar bem quentinhas!...
Era a feijoada no fim do dia, um prato
com forte potência,
Onde
os galináceos voluntariosos aprenderiam a mergulhar,
E nem um ”perdido” porco encontrado por
aí a deambular,
Deixou de dar o corpo pela
comparticipação da exigência,
Na falta do fogueteiro, continua a festa
com flatulência,
São os donos convidados de quem os andou a
roubar!...
Mas é preciso uma forte colher,
Colher leve, imensa como a sabedoria,
Deve ter carácter e o querer da
idolatria,
Ser forte na certeza do rumo que se quer,
Saber misturar os condimentos de mulher,
Com o jovem tempero de varonil filosofia!...
Há diversas histórias de colheres
vestidas de fitas,
Entrelaçando o futuro das cores numa
difícil travessia,
Que começa numa despedida de entusiasmados finalistas!...
.
.
.