Mostrar mensagens com a etiqueta olhar. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta olhar. Mostrar todas as mensagens

sábado, 5 de maio de 2018

Distorção

.
.
.

 
O olhar deformado pela distorção,
Olhar combalido,
A desproporção,
O grotesco em neurónios infligido,
O olhar belo pelo grotesco ungido,
Beleza sujeita a bizarra regulação,
A disfunção,
Sem sentido,
A veneração,
Pelo distorcido,
Aberração!...

A natureza suave,
A harmonia da natureza,
O sibilar harmonioso da beleza,
A pena leve a beijar o voo da ave,
  O voo nas asas leves da delicadeza…
A ternura da forma natural,
Infinito da natureza sensual,
Olhos, o olhar e a singeleza,
     O corpo, a alma, o essencial!...
 
Mas, somos da beleza profanos,
Tudo destruímos, tudo é normal,
    Em monstros nos transformamos!...

.
.
.
 


quarta-feira, 18 de abril de 2018

Olhar d'Alma (Para lá dos Olhos)

.
.
.
 
Era, quem aquém dos olhos, ponto cego,
Escondida atrás de suas pálpebras invisíveis,
Nunca se lhe vira no olhar pontos insensíveis,
Do meu olhar periférico, há luz que não nego,
   Abrem-se meus olhos a olhares impossíveis!...

Eram olhos, dos seus olhos, muito além,
Aquém do invisível desejo de pouco ver,
Via-se pouco vendo o que via sem saber,
E, se não sabendo, via como ninguém;
Se do seu olhar, sua luz quisessem ter,
Sentiriam na alma o melhor do bem,
Ainda que o quisessem sem querer,
Dariam à luz, a sua luz também,
Gratas a Deus por conceber,
   E ver seus olhos de Mãe!...

Ver com a alma e acreditar,
Sorrir como quem sorri,
O sorriso do sonhar,
Para lá do olhar,
Para lá de si,
    E amar!...

.
.
.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Olhos de outro Olhar de outros Olhos

.
.
.


Olhos cinzentos atrás de olhos cinzentos,
Já foram azuis, verdes, castanhos e albinos,
Olhos que viram a cor de muitos tormentos,
Umas vezes muito frios,
Das suas cores vazios,
Despigmentados de profundos sentimentos,
Tão profundos quanto os belos olhos divinos,
Olhos de qualquer cor, mas sempre cristalinos,
Talvez lhes houvesse um brilho por momentos,
Vindo do mais brilhante entre os destinos,
Ás cores de olhos tardios,
Cedo, de efeitos sombrios,
Se fizeram sombra de olhares repentinos,
Olhares perdidos entre perdidos pensamentos,
Algures, em jardins de floridos olhos femininos,
Onde os homens acontecem sem fundamentos,
   Olhos e olhar em desvarios…
Olhos delirantes em seu olhar de negritude,
Febris em seu olhar por outras cores coloridos,
Mas, da cor de seus próprios olhos desprovidos,
Como se se a verdadeira cor fosse inquietude,
Transformado olhar de sossegada atitude,
   Das cores do seu sossego despidos,
Travestidos de falsa virtude…
Inferno de olhos vadios,
   De causar arrepios!...

Estes olhos não são meus,
Lembro-me de os ver em ti,
Esses olhos não são os teus,
 Os olhos com que nunca vi,
  Aos meus olhos de Deus!...
.
.

.