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domingo, 30 de dezembro de 2018

Como Outro Dia Quaqluer

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Não estava frio,
Nem estava vento,
Estava um dia cinzento,
Como outro dia qualquer…
Não se ouviam vozes do rio,
Cheio de silêncio e tão vazio,
Tépido fio d’água alvacento,
Caudal adormecido e tardio,
Como outro rio qualquer…
Não se via um sentimento,
Não se via no olhar o brio,
Vestígios de um lamento,
E nem por um momento,
Se fez luz, se fez sombrio,
Apenas esse passar lento,
   Como outra vida qualquer!...


Nem frio,
Nem vento,
Apenas cinzento,
Tanta vida por um fio,
Traçada na folha do tempo,
   Como outro dia qualquer!...



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domingo, 31 de dezembro de 2017

Última Aposta (O Fim)

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Os dados já foram lançados,
Libertarão a brancura das pombas,
Os olhos da verdade continuarão jogados,
Pouca sorte a dos inocentes condenados,
    A peças mortas em tabuleiro de bombas!...

Mais um segundo de vida que passou,
Ultimo momento de um estranho jogo,
Na falta de tudo, tudo vale, até o rogo,
Perdeu tudo quem toda a vida queimou,
Ardeu a inocência consumida pelo fogo,
     Ardeu todo o tempo que a vida apostou!...

No fim,
Aposta-se tudo que já não se tem,
Na esperança de tudo vir a ter,
A sorte não começa, porém,
Aproxima-se o fim com desdém,
Sem o dia seguinte, acabado de perder,
Talvez houvesse um dia de sorte mais além,
Naqueles momentos que passam sem se ver,
Deixa o desejo que todo o prazer contém,
E por ele é capaz de a inocência morrer,
Morte do dia seguinte que já não vem,
   E jamais haver a sorte de o saber!...

É no princípio do fim,
Que se aposta em tudo que se perdeu,
Aposta-se em todas as flores de um jardim,
  No mesmo jardim onde tudo morreu!...
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Eu, a despeito da potestade

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Nada me empurra para trás,
Resisto ao dia seguinte,
E, por conseguinte,
Nada do que será feito me faz,
Tanto faz, a palavra reconstituinte,
Que, por conseguinte, será de paz;
A guerra que ninguém prometeu,
Está prometida,
Por conseguinte, digo eu,
Que eu resisto à verdade escondida,
    De tudo que dentro de mim, é meu!...

Nada do que me acusam,
É mentira!...
Tudo que digam a meu respeito,
A despeito do despeito,
É verdade!...
A respeito do respeito pela verdade,
A despeito do despeito da potestade,
Por maior que seja o poder do preconceito,
Jamais fará de mim um verbo de corpo perfeito…
Nada nem ninguém,
Por mais que tenham respeito por mim, também!...

Este é o ultimo dia dos dias que hão, de vir,
Ninguém se lembra do primeiro choro de Mãe,
    Mas todos choram quando deveriam rir!...
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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Cio das Sombras e dos últimos Dias

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Saberão os dias resistir,
Aos dias ferozes que se abeiram,
Por mais que resistam os dias de sentir,
Sem o sentirem, acabarão por sucumbir,
   E terão fim, por mais que não queiram!...

Há dias e há dias de verdade,
Há dias e há dias que mentem,
Verdades dos dias que sentem,
Não se escondem da saudade,
Amanhecendo-se na claridade,
Do dia findo que pressentem,
E anoitecem na luzente idade,
Das mentiras que consentem,
    Por tristeza e triste bondade!...

E os dias que não são dias,
Escondidos no tempo fugidio,
Acordam das noites sombrias,
Como sombras cobertas de cio,
     Possuídas por auroras fugidias!...

São os dias que não resistem,
Às noites amantes que caem,
Entram nas noites e insistem,
    Prostituem a verdade e saem!...
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