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sábado, 15 de abril de 2017

Serpentes de Pedra ( Muralhas da Oração)

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A dor cresce no caminho rasgado pelos insolentes,
Pedras lascadas fustigam o coração, infernalmente,
Por cada passo, as pedras afiam-se como navalhas,
Passos de pedra perseguem os passos do inocente,
Preparam-se as mortalhas,
Preparam-se as medalhas,
Embrulham corpos com o sangue frio da serpente,
Serpenteia o louvado mérito do carrasco, meigamente,
Preparam-se as fornalhas,
O corpo arde lentamente,
Preparam-se as batalhas,
Arde o ódio, docemente,
No inferno das muralhas,
    Construídas vorazmente!...

Cobre-me o silêncio de mais um dia,
Em silêncio pergunto ás lágrimas que vão caindo,
Se é calor meigo que do meu coração vai saindo,
Ou se cada lágrima que do meu coração saía,
Era mais uma pedra lascada que dele caía,
   No vale de lágrimas que foi construindo!...

Serpentes de pedra mordem de mansinho,
Suavemente, envolvem o meigo coração,
Prostram os fiéis aos pés da oração,
 Que rezam às pedras do caminho,
O sofrimento da ilusão!...
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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Puro Amor


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Não me leves o medo de sofrer,
Quero sentir a dor de cada pecado,
O fogo que na carne não os deixa ver,
Deixa que eu mereça ser o crucificado,
Que meu Amor por eles seja meu legado,
Eles saberão Amar enquanto neles eu viver,
Todo aquele que não Ama, ver-me-á morrer,
Esse não provará o doce sabor de ser Amado,
   Nem verá a Vida, para além da Vida, renascer!...

 Não me abandones, medo de sofrer

  Não me abandones amor amado!...

   
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terça-feira, 26 de março de 2013

Incenso dos Ataimados

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Há um templo onde o pecado é extenso,
Erguido com o espírito dos desorientados,
No coração de ouro há credos bifurcados,
De um lado exala sorriso doce do incenso,
    Escolhido pela ostentação dos ataimados!...

Entre a alegria das crianças que se abraçam,
E os vis pecados que na sombra espreitam,
Protegem-se celibatários que se enfeitam,
Com os infantis bracitos que se adelgaçam,
Entristecendo os inocentes que se deitam,
   Debaixo do silêncio que as despedaçam!...

Baratas auréolas de divino incenso,
Encobrem a alma dos ataimados,
Escondem sorrisos desalmados,
Atrás do desalmado bom senso,
Vendem-se cruzes de peso imenso,
Com sangrentos pregos desaçaimados,
Acirra-se a traição dos cães de ódio intenso,
    Á bondade dos humildes, em Paz, sempre amados!...

Divinos violadores pagam com esmolas para ver,
Esse amor servido em pecador desejo contrário,
Profana-se a pura inocência acabada de perder,
Deus sabe que nada sabe da obrigação de sofrer,
Por Ele vendem-se direitos sagrados do calvário,
Ao masoquismo dos que choram com prazer,
Pela dilacerada carne no Cibório do sacrário,
Sangue e carne de Jesus dada a comer,
Em seu sacrifício voluntário,
   Que o matará para viver!...

E lá vai o Homem carregado com nossos pecados,
Em cima de cada pecado há mais um pecado do pecador,
     Que não se cansa de pecar contra si mesmo, Nosso Senhor!...
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