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Tudo à sua volta O deveria ser,
Desejos simples, humildes, justos,
Mas a humildade tem os seus custos,
Custa muito perder a força do poder,
Uns corrompem seus próprios sustos,
Só Jesus não teve culpa de nascer!...
Nascem todos para morrer,
Nascem todos para morrer,
E só não morre quem não nasce,
Tantos morrem sem a vida aprender,
Tantos são os que morrem sem o saber;
Se toda a morte se fosse e, única, a vida
ficasse,
A morte do fim, por seu nascido princípio,
acabasse,
Seria a morte do sentido da vida sem a querer,
E sem querer, a vida da verdade se
desviasse,
A viva verdade que pela vida a pudesse
ver,
Sem
que visse algo que na morte amasse,
Amor nascido para do Exemplo viver!...
Mas por nossa tão triste sorte,
Quando todos O deveriam ser,
Todos comemorarão sua morte,
Com prendas e trocas de prazer;
Resta o exemplo cheio de vida,
Que à morte não há de ceder,
Talvez muita Fé pareça perdida,
Mas é apenas uma despedida,
E
encontro que há de suceder!..
Á sua volta alimentam seu exemplo,
Exibem o Homem em apelo à consciência,
Enchem de ouro e pecado cada templo,
Jesus não é culpado da sua inocência!...
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