Porque
hoje é dia de incontinentes verbais,
E
de todos aqueles que por insanidades mentais,
Encontram
em cada dia novas formas de mentir,
Aqui
lhes dedico algo que não vem nos manuais,
Se bem que não seja espectável fazê-los refletir!...
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Era
um saco cheio de nauseabundos dislates,
A
pele tecia-se numa asquerosa serapilheira,
Duas
ervilhas já podres em vez dos tomates,
Eram
as partes de seus disformes combates,
Forma
abjeta, a daquela merda tão rasteira,
Abandonado
entre o vómito e a estrumeira,
Tortuosa
mente de ressabiados disparates,
Torturado pelo cheiro da própria
asneira!...
Aquele
saco cheio de merda tão repelente,
Dizia-se
homem e mulher, só não era gente,
De
quando em vez,
Tresandando
a estupidez,
Despia
a serapilheira, o infeliz travestido,
E
sua mente de sua demente merda já esquecido,
Com
o seu coração imundo desfilava sordidamente,
Rastejando
em sua forma de ser distorcido,
Como
coisa abstrata que já não sente,
A
diarreia em que, inevitavelmente,
Já se desfez, levando-se consigo!...
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Aquele
saco de pus virulento,
Dizia-se
mulher abandonada,
Deixada
ao abandono… sim,
Por
não merecer ser amada,
É
seu o miserável tormento,
Disseminando
ódio sem fim,
Contra
as palavras do vento,
O
culpado da sorte infetada,
Do
seu coração peçonhento,
Que mais valia estar cheio de nada!...
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Esta
é a estória possível sobre uns podres furúnculos,
Á beirinha de um ataque de nervos prestes a rebentar,
Tamanha dor e tais intumescimentos dão que pensar,
E
dão que pensar os amolecimentos dos homúnculos,
Que, quer rebentem ou não, mais vale não os
cheirar!...
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