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domingo, 6 de abril de 2014

Glorioso


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Contam-se minutos de massacre desferidos por incapazes protegidos,
São cinco dias da semana e mais um a cismar no assédio do seboso,
Mandá-los para a inocente puta que os pariu, é por demais perigoso,
Trabalho de escravos competentes que asseguram o tacho adquirido,
Pobre escravo descompensado faz todo o trabalho do inútil garantido,
Adivinham-se promoções do filho do doutor, esse brasonado lustroso,
Para ele chegar onde chegou, não se poupou e foi em manha generoso,
E sob vis ameaças do desemprego é o trabalhador honesto advertido,
Porque num País que nada produz qualquer trabalhador é suprimido,
É mesmo uma real ameaça se comparado com o inabilitado vagaroso;
É justo? Pergunta o explorado, ao filho duma grande cunha divertido,
Apanhando como resposta um reles vitupério de carácter indecoroso,
    Nó que arde no estômago, inferno de ter o próximo dia como castigo!...

Chega tão ansiado dia onde se jogam contidos recalcamentos,
Duas cores diferentes jogam o ódio e amor de adeptos iguais,

Um apito suspeito toma decisões inócuas, outras vezes fatais,
É o chefe injusto para o qual foi um trabalhador, divertimento,
Agora é baliza devassada por impropérios de desabafos totais,
Grande cabrão, filho duma puta, são jogadas de procedimento,
  Desabafa a vingança da imensa dor trabalhada no pensamento;
É o alívio na fervura intensa da injustiça onde vós trabalhais,
Orgasmo de contenção explodindo dos foras-de-jogo carnais,
É o povo que se liberta sem nunca deixar de ser instrumento,
   Bola maltratada e fácil de conduzir em dribles de sentimento!...

Prostra-se o mundo enfeitiçado aos pés de iletrados mortais,
Peões de circular ignorância redonda paridos em partos normais,
Ninguém lhes ensinou o abecedário ou o valor de uma primavera,
Nem eles se envergonham de certeiras biqueiradas na atmosfera,
Quando o esférico, amante de gloriosos momentos e outros mais,
Se arredonda em sedução aos olhos de quem seu amante espera,
Transformando a lua em novos amores de victórias sempre reais,
E, não fosse o Sol, rei de toda a
luz, seduzir os sonhos irracionais,
Brilharia a bola rainha no centro deste mundo verde que a venera,
Em vez do quadrado que fora do rectângulo cozinhados tempera,
   Provando que no gosto do povo apenas se jogam as vitórias finais!...

O povo agradece a vida do vermelho que corre nas veias,
Cor que aviva a Alma, imensa fé desta encarnada religião
Os copos de leite também se tingem de vermelhas ideias,
Já as mulheres, do vermelho, parecem nunca ficar alheias,
Rubras mulheres de alma popular vestidas de vermelhão,
Beleza conquistadora invejada por rivais de atitudes feias,
E de tão vaidosas, desse glorioso jamais se sentem cheias,
   Vaidade imensa iluminada pela luz do orgulhoso lampião!...

Papoilas mágicas em zig-zag entre espinhosos adversários,
Delicadeza à solta enlouquecendo em estonteantes rendilhados,
Nós atrás de nós no juízo defensivo de guardiões desesperados,
Entre pernas e chapéus, gordos frangos de desportivos aviários,
Aselhas desorientados em ataques cegos de sentidos contrários,
Sentem-se avermelhar de vergonha, por papoilas atormentados,
E saem para o intervalo rezando pelo final apito dos aliviados!...

 Voo para o glorioso abraço vermelho de paixão,
Voo forte das orgulhosas asas de um Lusitano povo,
É velho o nobre orgulho de um orgulho sempre novo,
Explicado de pais para todos os filhos encarnados de razão,
Razões a correr nas veias, vermelho de Amor sem explicação,
A mística vitoriosa pela qual, tal como tu, eu por ela me movo,
Irresistível a Rainha dos céus, gloriosa Águia de rubro coração,
Dúvida dissipada entre garras em chamas de um imenso fogo,
Dribles quentes de glória, aquecendo a vida num intenso jogo,
Jogo de vidas gravadas com as garras douradas de uma visão,
  Golos inflamados de sofrimento e o prazer de ser campeão!...

Bem me esforço para dominar esta minha vermelha voragem,
Mas este esplendor que na Luz infernal de minha alma irradia,
É como um fogo vivo que arde, alastrado por gloriosa ventania,
Soprado lá do céu onde o Glorioso é lança-chamas de coragem,
Inflamando este povo nunca farto de vitórias à sua passagem;
Traça-se o milagre da Luz em relvados de vermelha sabedoria,
Reencarnados, os apóstolos da Luz, espalham fé com harmonia,
Uma fé benfiquista que até sobre os católicos já leva vantagem,
Que Deus me perdoe a blasfémia insolente, talvez em demasia,
Mas neste Portugal onde à Luz se peregrina em alegre romaria,
A verdade assim proferida, é ao Benfica uma justa homenagem,
   E tudo o resto, que bem fazendo parte da natureza, é paisagem!...
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Poema dedicado ao Glorioso em 2010
(Campeão Nacional 2009/2010)

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Tão Natal... o fugaz!...


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Ali estava a inocência a brilhar,
Dando abraços abertos de luz sem brilho,
O brilho abria os braços aos abraços do olhar,
Mas, muitos braços de ferro, com medo de falhar,
    Falharam quando não tiveram força para abraçar um filho!...

…ali estava toda inocência a brilhar,
Sem o brilho que os olhos inocentes ferisse,
Envolto em pouco mais do nada que nele se visse,
Pouco mais do Verbo nu conjugado no Ser de se dar,
É divinamente misterioso o Verbo que se quer conjugar,
   Tão divino quanto o Amor que partilhado se sentisse!...

…ali, numa manjedoura ainda sagrada de quente,
Pelo bafo das vacas, de burros e de todos os cordeiros,
Depressa se transformou em lascas de secos madeiros,
     Prontos para serem dores da Humanidade que sente!...

...ali... aqui,
Talvez em ti,
Longe do mal,
Mais uma vez,
Do fugaz se fez,
    Mais um Natal!...
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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Olhar sem Sombra

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Longos segundos submergidos na água fria,
Afogam-se cabelos negros em mais uma madrugada,
Por momentos, a sombra dos olhos flutua na água passada,
Seios frios flutuam fora do peito da respiração sombria,
O desespero de um amor que na sombra se perdia,
Obrigou à fuga para o ar que os olhos respirava,
Estalaram os cabelos no olhar que já não via,
Um eclipse bate como uma chicotada!...

Vivem olhos à espreita atrás da franja dos cabelos,
Óculos de sol denso escondem-lhes a sombra do olhar,
Ninguém dá por eles quando se escondem ao passar,
Passam olhos que ninguém vê, à procura de vê-los,
Não é visto quem se despe de seus frios apelos,
E apela à sombra que não os deixe voltar,
Volta-se o sol para entristecê-los!...

O sol escurece a luz de olhos desalentados,
Há tanta luz abraçada ao calor que passou,
Sombra de olhos caídos foi tudo que ficou,
Da sombra nascem lacrimejos iluminados,
   Há a recordação de alguém que abraçou!...
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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Ele, Sabe-se Lá...

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Sabe-se lá se eu soubesse,
Qual o sabor que meu saber teria,
Talvez eu fosse o que eu quisesse,
Se por saber-me doce eu me fizesse,
Por não saber eu amargo saberia,
Se sem o saber muito eu seria,
      Havendo o que houvesse!...

Saber ao doce do muito saber,
Sem saber se o saber amargasse,
Não sabendo do quanto saber a ter,
Só sei que nada sei desse perceber,
Nem que o tanto saber bastasse,
A quem vê o que não sabe ver,
     E todo o saber amasse!...

Da vela ou à luz do dia,
Sabe a Alma de quem sabe,
Que de pouco valeu a sabedoria,
A quem alguma dor não via,
     E em si o Amor não cabe!...
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sábado, 17 de agosto de 2013

Luz Fria do Vaga-lume

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A luz fria do lume que vaga,
Luz de vaga-lume que no dia se apaga,
É lume no olho na procura tímida do lume,
Castigo da natureza que não compreende nem afaga,
O namoro da sombra escondida que na noite se assume,
    Chorando lágrimas de luz que sulcam o mudo negrume!...

Lavando a alma na mente pela qual mentem as mentes,
Abrem-se submissas as nalgas de homo aos iguais sorridentes,
Errando nos corpos ooscopias ínvias de lúbricas penetrações,
Lírica desordem do vómito e confuso prazer nas evacuações,
Rasgam tecidos das pregas dos assumidos arincus diferentes,
Propondo obstipados castigos a pagar de invertidas sensações,
Apontada culpa da natureza não julgada por erradas vibrações,
     Prazer marginal dos corpos pelo desejo à natureza obedientes!...

Pirilampos escondidos na luz preconceituosa do dia,
Movem-se sob pálpebras pesadas que cobrem o olhar,
Natureza da prisão hermética dos olhos proibidos de amar,
Libertando na noite fechada, desejos de desafetada analogia,
Para encontros na natureza pirilâmpica com direito à harmonia,
Onde brilham luzes-cus raiados entre a concupiscência do luar,
Voando em rastos de luz da liberdade que lhes oferece o voar,
    Penetrando o mistério das nuvens até ao céu azul da maioria!...

Embriaga-se o corpo na revolta das noites bebidas,
Hão de vingar-se da cega luz dos dias arrogantes,
Iluminando com a luz de suas certezas vacilantes,
Até adormecerem no leito das horas perdidas,
Para acordarem novas mentes renascidas,
    E não mais serão como dantes!...

Na natureza, nem tudo é o nosso ouro ou vossa prata,
Nem toda a luz corresponde aos nossos desejos brilhantes,
Mas, se o amor é sol nascido até para cinzentos semblantes,
    Já a lógica das diferentes cores em julgamento, é uma batata!...
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sábado, 23 de março de 2013

Domingo de Ramos


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Abramos o nosso Coração,
Que nosso coração se abra exultante,
A Ele, à esperança e ao sentir da Oração,
Aceitemos com humildade essa emoção,
De receber Jesus Cristo com fé abundante,
Agradeçamos toda a sua luz cintilante,
E o júbilo da Divina sensação,
   De sua entrada triunfante!...
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