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terça-feira, 28 de julho de 2020

O RACISTA





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Morte à morte,
Ditadora fascista,
Cada vez mais forte,
Que cada um transporte,
O veneno da raiva sofista,
Para que ninguém desista,
Do ódio como seu suporte,
    Cor fraca da forte cor racista!...

Eu, anti-racista, sou o racismo,
Sou a luta do meu movimento,
Sou minha cor, teu argumento,
Com que pinto teu patriotismo,
Luto vazio do teu nacionalismo,
    Cheio do meu racismo sedento!...

Serás racista, para racista eu ser,
Serás racista só porque eu o sou,
Serás sempre racista sem o saber,
Serás o que de mim se disfarçou;

Serei cor de Cristo que tanto lutou,
Serei verdade que não deixarei ver,
Serei a cor da mentira que sobrou,
    Serei vítima viva depois de morrer!...
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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Cores do Amor e do Ódio Suave (+ ou - Um Soneto à Portuguesa)

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Quando o ódio se transfigura em amor,
E pensamos amar aqueles que odiamos,
Sentimos o silêncio transfigurado da dor,
    A beijar cesuras pungentes que amamos!...

Quando o amor se transforma em ódio,
E pensamos odiar aqueles que amamos,
Sentimos os efeitos lancinantes do sódio,
   Mordendo feridas abertas que odiamos!...

Suamos a nossa bandeira com suas cores,
Salgamo-nos com nossas cores acolhidas,
Para saciar cores dos enganados amores;

E foram as salgadas lágrimas escondidas,
Substituídas pelos netos dos corruptores,
   Sangue colorido das feridas corrompidas!...


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sábado, 17 de agosto de 2013

Luz Fria do Vaga-lume

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A luz fria do lume que vaga,
Luz de vaga-lume que no dia se apaga,
É lume no olho na procura tímida do lume,
Castigo da natureza que não compreende nem afaga,
O namoro da sombra escondida que na noite se assume,
    Chorando lágrimas de luz que sulcam o mudo negrume!...

Lavando a alma na mente pela qual mentem as mentes,
Abrem-se submissas as nalgas de homo aos iguais sorridentes,
Errando nos corpos ooscopias ínvias de lúbricas penetrações,
Lírica desordem do vómito e confuso prazer nas evacuações,
Rasgam tecidos das pregas dos assumidos arincus diferentes,
Propondo obstipados castigos a pagar de invertidas sensações,
Apontada culpa da natureza não julgada por erradas vibrações,
     Prazer marginal dos corpos pelo desejo à natureza obedientes!...

Pirilampos escondidos na luz preconceituosa do dia,
Movem-se sob pálpebras pesadas que cobrem o olhar,
Natureza da prisão hermética dos olhos proibidos de amar,
Libertando na noite fechada, desejos de desafetada analogia,
Para encontros na natureza pirilâmpica com direito à harmonia,
Onde brilham luzes-cus raiados entre a concupiscência do luar,
Voando em rastos de luz da liberdade que lhes oferece o voar,
    Penetrando o mistério das nuvens até ao céu azul da maioria!...

Embriaga-se o corpo na revolta das noites bebidas,
Hão de vingar-se da cega luz dos dias arrogantes,
Iluminando com a luz de suas certezas vacilantes,
Até adormecerem no leito das horas perdidas,
Para acordarem novas mentes renascidas,
    E não mais serão como dantes!...

Na natureza, nem tudo é o nosso ouro ou vossa prata,
Nem toda a luz corresponde aos nossos desejos brilhantes,
Mas, se o amor é sol nascido até para cinzentos semblantes,
    Já a lógica das diferentes cores em julgamento, é uma batata!...
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