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De um lado o prazer do pecado que se
confessava,
Todos os pecados passam pelo látice até
ao missionário,
Ao outro lado, chega a confissão em forma
de nudez escrava,
A carne ajoelha-se na penumbra da
tentação da penitente que pecava,
Os demónios em expurgação atravessam as
carnes cruzadas do confessionário,
Envolvem a penitência decotada da
pecadora e a tentação do pecado incendiário,
São postos em causa dois últimos
mandamentos,
Há o pressentimento dos últimos
sacramentos,
Infinitas configurações de fogo
apossavam-se da proteção do látice que latejava,
Entre as línguas que se cruzam arde a
cruz crucificada do confessor solitário,
Abrem-se e fecham-se os espaços do mesmo
fogo que o pecado ateava,
Vai e vem o entra que sai à volta dos pensamentos,
Perversos desejos do inferno lambiam o
arrependimento que restava,
O secreto lado absolvente ajoelha-se no
centro sentido do contrário,
Ao lado da penitência que ardia de prazer
e já não se salvava!...
A sotaina que cobre a carne açoitada pelo
pecado,
Cobre o homem que resiste e toda a sua
fraqueza,
Trinte e três botões e as cinco chagas do
crucificado,
Absolvem-se aos olhos de sete símbolos do
sagrado,
Seja preta, violácea ou vermelha de maior
grandeza,
Cobrem apenas as partes de uma parte da
pobreza,
Eternas suas cruzes traçadas no látice excomungado!...
Uma batina esgueira-se em auxílio,
Há beatas possuídas exorcizadas num
ápice,
Devotas sem um único pecado auxiliadas ao
domicílio,
Murmuram-se silêncios na noite de um
santo concílio,
Apaziguada
foi a carne nos diversos lados do látice!...
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