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A dor cresce no caminho rasgado pelos
insolentes,
Pedras lascadas fustigam o coração,
infernalmente,
Por cada passo, as pedras afiam-se como
navalhas,
Passos de pedra perseguem os passos do
inocente,
Preparam-se as mortalhas,
Preparam-se as medalhas,
Embrulham corpos com o sangue frio da
serpente,
Serpenteia o louvado mérito do carrasco,
meigamente,
Preparam-se as fornalhas,
O corpo arde lentamente,
Preparam-se as batalhas,
Arde o ódio, docemente,
No inferno das muralhas,
Construídas vorazmente!...
Cobre-me o silêncio de mais um dia,
Em silêncio pergunto ás lágrimas que vão
caindo,
Se é calor meigo que do meu coração vai saindo,
Ou se cada lágrima que do meu coração
saía,
Era mais uma pedra lascada que dele caía,
No vale de lágrimas que foi construindo!...
Serpentes de pedra mordem de mansinho,
Suavemente, envolvem o meigo coração,
Suavemente, envolvem o meigo coração,
Prostram os fiéis aos pés da oração,
Que rezam às pedras do caminho,
O sofrimento da ilusão!...
O sofrimento da ilusão!...
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E por aqui as palavras são como lavas incandescentes, brotando de um vulcao chamado coração, em constante atividade... Porque a saudade não é um botaõzinho qualquer que a gente simplesmente desliga.
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