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Entre as sombras das linhas e o advérbio
invisível,
Esgueira-se na noite uma verdejante alma
sensível,
Longe dos caminhos perdidos das eruditas
catervas,
Modificando os sentidos de um sofrido
verbo risível,
No modo de ser das palavras, suas
humildes servas,
Amenizando intensidades de tempos sem
reservas,
Circunstâncias indicadas no pensamento
concebível,
Gravado a fogo na fria capa por platina
das minervas,
Favor que queima a pele dos filhos das tristes ervas!...
Entre linhas sombrias e o invisível
advérbio solitário,
Brilha o olhar cabisbaixo da vergonha e
seu contrário,
Infâmia de um penitente, inocente de sua
condição,
Essa pobreza quase daninha em consagrado
glossário,
Léxico rejeitado nos abandonados ermos de
perdição,
Onde crescem arcaicos termos adverbiados
de rejeição,
Verdes a ervas sempre verdes na esperança do
corolário,
Proposição lógica de impoluta Alma por
justa asserção,
Culpa evidente da inocente erva dada à luz na redenção!...
No modo de ser das palavras, suas
humildes servas,
Vivem inocentes, os solitários filhos das tristes ervas!...
Conspiram nas searas perdidas as gramíneas
virulentas,
Pintando céus azuis com arrebatadas
opiniões cinzentas,
De pungidas lembranças dos silenciosos
galrachos parasitas,
Desenham-se veracidades sobre testas de
ferro truculentas,
Lavando o rosto de aparentes chupins de
si mesmo eremitas,
Despindo inverdades danadas na lavra de
insuspeitas desditas;
Restou todo um céu celeste sem as falsas
palavras nebulentas,
Revelando fracas ervas pelo valor de uma
erva mágica sedentas,
Magia que da pobreza nasceu como ervas de
ouro descritas!...
Voam entre reis, caminhando no seio das
pessoas benditas,
Respeitando o modo de ser das palavras,
suas humildes servas,
E vivem felizes na inocência de solitários
filhos das tristes ervas!...
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