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domingo, 23 de junho de 2019

Hífen... talvez!...

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Talvez as ruas flutuassem,
Talvez os caminhos se fizessem mais leves,
Talvez os passos à volta de tudo gravitassem,
Talvez a eternidade fosse tão breve,
Efémera quanto o…
Talvez!...

Sem alento,
Num hiato perdido no tempo,
Perde-se um pontapé desiludido,
Interstício triste para um lamento,
Talvez feito hífen por Deus ungido,
Num pedaço de tempo escondido,
Entre a cor de um olhar alvacento,
    E as cores de um olhar perdido,
Olhar perdido, quanto o…
Talvez!...

Talvez me preencha o leve espaço,
Do qual me preencho com languidez,
Sinto-me rua atravessada pela timidez,
E timidamente flutuo entre um abraço,
Que gravita nos braços do que não faço,
     Fazendo-me mundo sem nome, talvez!...

Desanimado,
Percorro-me neste estado de alma,
Flutuo entre o vosso mundo desalmado,
E o olhar do meu voo calmamente revoltado
     Que sobrevoa meu próprio voo com calma!...

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

... e o Sibilar das Avenas

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Invade-a um sono de aliviada,
Um beijo de novo e da brisa,
Deixa-se ameigar,
E indecisa,
Deixa-se beijar,
Pelo desejo que desliza,
Entre o beijo e o ser beijada,
E um desejo de ser desejada,
   Pelo prazer que dela precisa!...

Deita-se com ela a magia,
Da tardinha e o fim do afã,
Afagam-na o voo e as penas,
E o adejar suave da alegria,
O sibilar mágico das avenas,
E um desejo amaciado da lã,
Desvanecido na melodia,
Que se desvanecia,
   No cio despertado da manhã!...

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