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Fecundez de semente primordial,
Germinada na bainha de preservativo
invaginado,
Rasga os lábios sobrepostos da membrana
geracional,
Que sugam os coágulos brancos ao
primórdio espiritual,
Dos corações rasgados entre sangue vivo
derramado,
Sobre a inumanidade prenhe de amor
coagulado,
Na Paz morta por consentimento convencional!...
Milhões de planos plenos de vida,
São preservados em preservativos sem
saída,
Preserva-se a triste morte do humano
imperfeito,
Em laboratórios onde às cobaias de pleno
direito,
É imposto o único direito de ver
instituída,
A Esperança que lhes fenece no peito!...
Cortaram-te as unhas afiadas,
À entrada do preservativo azul-celeste,
Sem tempo para perceber o mal que
fizeste,
Ainda viste outras famílias escravizadas,
No
colonizador hexágono a Leste!...
E
aqui estamos entre pregas de seis paredes semitizadas,
Erguidas com sangue de humanos
imperfeitos e arame farpado,
Amordaçados até à indiferença de nossas
vidas invaginadas!...
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