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Vindo do nada bem guardado,
Sussurrou-se um recado manhoso,
Bem escondido no céu-da-boca anuviado,
“Lábios mornos beijaram lábios de um
corno”,
Chaves do beijo franquearam um infinito
portal,
Revelando beijos escondidos no segredo
sideral,
Ciciados entre cornos da lua em silêncio
sinuoso,
Ao alcance de um confidente ciúme
nervoso,
Perdido na utopia da viagem com retorno,
Onde outros beijos se fizeram adorno,
De lábios etéreos na boca desleal!...
Quando nas bocas caiu um silêncio sinuado,
Os lábios de pedra desfizeram-se em pó sinuoso,
Os lábios de pedra desfizeram-se em pó sinuoso,
Da língua levantou-se pó de um
confidente curioso,
Deram-se as palavras ao consentimento da
morfose,
E do pó se fez olhar aberto ao veneno ruidoso,
Completude de um confidente virtuose!...
Segredou um corno da Lua,
No crescimento do quarto lunar,
No crescimento do quarto lunar,
Á ponta de outro corno da Lua,
Ter visto a noite que era sua,
Ser beijada pelo luar...
Ter visto a noite que era sua,
Ser beijada pelo luar...
Toda Nua!!!!...
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