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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Leve, Leve...

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Tão leve o que de mim te leva,
E me enleva,
Em torno da uma leve centelha nua,
Leve e quente que de ti me leva,
E te enleva,
Em torno de minha nudez que é tua!..

Tão leve,
A carícia de nossa quietude,
Na leveza do sonho sem fim,
Que leve te beija a virtude,
Ainda tão leve…
Na plenitude,
Do desejo tão ávido de mim!...

Tão leve…
Tão intenso este leve voar,
Confinado com o recolhimento,
Leve, leve…
O prazer de te libertar,
Para amar,
Cada leve momento!...

Tão leve…
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Saliências

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Há saliências de outra vida,
Suspensas na vertigem de meus pesadelos,
Sonho que sou cor apressada a escorrer de meus cabelos,
E deixo tingir-me por brancos intermináveis!...
Há saliências de outra vida,
A fugir ao próximo voo a que me dou,
Sonho ser pena arrancada do pássaro que sou,
E sou a leveza de braços insustentáveis!...
Há saliências de outra vida,
Afundadas em parte incerta de meus apelos,
Sonho afogar-me e sendo água que algures se escoou,
Flutuo no vapor submerso de entoações frágeis!...
Há saliências de outra vida,
Nas palavras inaudíveis de um invisível diálogo,
Sonho-me entre vários em perfeito monólogo,
Com permissão para discordar do prólogo,
E, consoante meu sonho análogo,
Sonho ser vogal de mim!...
Há saliências de outra vida,
Saliências sem fim,
No fim do começo da vida que reencarnou,
Sonho que sou Alma de entrada,
Do sonho, sonho de saída,
E entro até à saliência,
Da outra vida pela saliente demência…
Sonha-me o sonho que sou tudo e nada,
Do nada da saliência escondida,
Sonho que sou carro e estrada,
E outra vez saliência,
Rio furioso e terna jangada,
Rio desencontrado da margem perdida…
Sonho que sou corrente sonhada,
Prova diluída,
Promessa quebrada,
Fé cega e científica minudência!...
Sou vida do sonho que sou,
Porção de minha existência,
E de outra,
Sou outra vida e...
    A própria Saliência!...


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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Fim...



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E entre humildes Poemas foi assim,
Que muito do que passou por mim,
Dividi com quem quis axiomas de si,
Desses sentimentos comuns que vi,
Entre espigões em flores de jardim,
Sentires vossos que eu não escondi,
Por serem comuns a tudo que senti,
Alma d’Alma que escolheu o seu fim,
    Desde o primogénito verso que pari!...

Aos que viram em d’Alma um Poeta,
Lamento desiludi-los mas sem ironia,
Digo que na noite não há o Sol do dia;
Não passa duma consequência direta,
Da necessidade,
De fazer florir a verdade,
Em celestiais jardins de fantasia,
Regados com a beleza da Liberdade,
   Só ao alcance do que achais ser Poesia!...

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Com gratidão!...