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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sereníssimo Reflexo






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O azul suavíssimo,
A beleza e a suavidade,
Algum movimento levíssimo,
O olhar sereno e toda a serenidade,
Reflexo ondulante do espelho finíssimo,
A inquietude efémera da água e a vaidade,
O suavizar das ondas do rosto e da idade,
A ternura do olhar e o sorriso lindíssimo,
   Melancolia, uma lágrima e a saudade!...

A delicadeza do silêncio em movimento,
Leve sopro delicado e pela brisa enlevado,
Repouso dos cabelos indiferentes ao vento
O sorriso continuado num adocicar lento,
A tentação de um beijo adoçado,
Beijo irreprimível e molhado,
   O aproximar sonolento…

Os olhos abertos como janelas,
Um suspiro leve e o abrir de portas,
Outra lágrima que pinga com mil cautelas,
    E adormece no ondular das águas mortas!...
   
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domingo, 20 de janeiro de 2013

Corno - Confidente Virtuose

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Vindo do nada bem guardado,
Sussurrou-se um recado manhoso,
Bem escondido no céu-da-boca anuviado,
“Lábios mornos beijaram lábios de um corno”,
 Chaves do beijo franquearam um infinito portal,
Revelando beijos escondidos no segredo sideral,
Ciciados entre cornos da lua em silêncio sinuoso,
Ao alcance de um confidente ciúme nervoso,
Perdido na utopia da viagem com retorno,
Onde outros beijos se fizeram adorno,
    De lábios etéreos na boca desleal!...

Quando nas bocas caiu um silêncio sinuado,
Os lábios de pedra desfizeram-se em pó sinuoso,
Da língua levantou-se pó de um confidente curioso,
Deram-se as palavras ao consentimento da morfose,
E do pó se fez olhar aberto ao veneno ruidoso,
    Completude de um confidente virtuose!...

Segredou um corno da Lua,
No crescimento do quarto lunar,
Á ponta de outro corno da Lua,
Ter visto a noite que era sua,
Ser beijada pelo luar...
                                                              Toda Nua!!!!...
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