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Chamava-se mesmice,
Tinha o hábito de não saber porque
corria,
Ao encontro do filho único da senhora rotina;
Costume, amigo rotineiro que sempre a perseguia,
Em tão sua habitual sujeição de inflexível monotonia,
Era um marasmo enfadonho de indobrável
esquina,
Sempre à espera que a mesma de sempre o visse,
E antes que do mesmo modo escapulisse,
De igual modo traçava sua sina,
No percurso que o seguisse!...
Num dia aos demais igual,
Mesmice fora vítima de assédio,
O amor à primeira vista foi consensual,
Decidiram-se pelo normalmente usual,
Se casar era o costumeiro remédio,
Viveria para morrer de tédio!...
Ainda hoje não sabe porque corre,
Na certeza dessa incessante rotina,
De saber que nesse labirinto morre!..
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