segunda-feira, 25 de junho de 2018

Padres, Padrinhos e o Padrão


.
.
.


Há um padrão,
Dito cujo e valor,
Medida de corrupção,
Sempre livre de suspeição,
Defendido com muito amor,
Pelo advogado, ilustre doutor,
Que trabalhando em associação,
   É no reino da injustiça, embaixador!...

Outros reinos, reinos de padrinhos,
Padrinhos de seus afilhados valorosos,
Com muito valor dizem deles, vaidosos,
E lá os levam bem aconchegadinhos,
Entre cunhas de panos quentinhos,
E dos olhos de muitos ranhosos,
Pelos eleitos feitos parvinhos,
  Afilhados muito rigorosos!...

São os padres um padrão
Fiéis seguidores da santa corrupção,
Escondidos em sagrados pergaminhos,
Arrebanham beatas desprezadas no chão,
Beatas fumadas pelo desejo do sacristão,
Que está proibido de beber o melhor vinho,
E de cobiçar o protagonismo da oração,
Coberto de intenso cheirinho!...


Padres e padrinhos são um padrão,
Daqueles que prometem todos salvar,
Tudo acaba com o fim do coração,
Que um dia há de parar,
Se o dia não parar primeiro;
Mas o padrão de comportamento,
De todos os pecados mortais prisioneiro,
Segue a equação conveniente do dinheiro,
E se outros pecados vêm ao pensamento,
Equaciona-se uma igualdade no momento,
    Em que o fingido parece verdadeiro!...

Tão verdadeiros são os afilhados,
Os padrinhos, o padrão e os padres,
Fingidores, verdadeiros compadres,
Seguidores dos padrões instalados,
Uns, em nome de Deus invocados,
    Ou devoção fingida das comadres!...

Pode o padre ser um padrão,
Padrão pode ser o padrinho,
    Só Deus sabe o que eles são!...

.

.

.
 

Sem comentários:

Enviar um comentário