terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

À Margem


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Foi subjugado um forte rio,
Por duas margens apaixonadas,
Sempre se amaram apartadas,
Pelo ávido desejo de ser vadio,
Daquele manhoso curso vazio,
Amor de vivas águas esvaziadas!

Nesse vaidoso,
Rio sinuoso,
Que às margens se insinua,
Rola um seixo medroso,
Com cicatrizes de Lua,
Luar de banho vaidoso,
Perdido no poder amoroso,
Do desamor que desagua!

As margens lá continuam,
 De si ambas distantes,
Nada ficou como dantes,
Suas lágrimas já não desaguam!

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11 comentários:

  1. VOU SER VADIA


    Quero ser vadia,

    Nos palcos da vida,

    Não há tempo marcado,

    Para ser vadia.

    É a vontade que surge,

    Que oferece o apetite,

    De viver uma vida,

    Sem tempo marcado,

    Para ser vadia!..

    Vou viver, uma vida diferente,

    No querer ser vadia.

    Vou levar a guitarra,

    Sem música estudada,

    Vou marcar-lhe o compasso,

    Vou sussurrar-lhe baixinho,

    Uma música suave,

    Que lhe diga, deixa-me, é assim!…

    Eu… quero ser vadia.

    Vou fazer para mim, para ti e para todos,

    A mais linda canção,

    Numa serenata,

    Vou convidar a lua, o mar, a chuva

    E algumas aves, para me acompanharem,

    Numa nova aventura, essa

    A de ser vadia! ….



    2011-01-29.

    Maria Inês

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  2. O ambiente é lótico e o poema é um mergulho “À Margem” do indizível, circunscrito pela paisagem diVersa num mundo de significados onde cada alma é um rio desaguando [delta] na história que é de amor.

    Um homem. Uma mulher. A natureza. E seus mistérios: “Sempre se amaram apartadas”. O verso segue seu “curso’ d’Alma no rio que não é ‘vazio”, simbolizando a passagem do tempo e como as águas que não voltam, o tempo jamais volta, ambos seguem suas vidas no “Amor de vivas águas esvaziadas!”.

    A ideia do movimento circular [“Rio sinuoso”] provoca a fantasia, porque previsíveis, os grandes rios se perdem no mar e a poesia revela-se através da descoberta contínua e atrativa [“Que às margens se insinua”] devido ao seu caráter marcante por encontros e desencontros. As lembranças são dolorosas [‘Rola um seixo medroso, / Com cicatrizes de Lua”] e as hipóteses [rastros] favorecem a representação do que se busca, na linguagem poética que resguarda a noite como sombras férteis à imaginação [“Luar de banho vaidoso”] envolvendo-os de nostalgia e a ênfase ao ponto de exclamação é imprescindível ao desfecho do poema, que sendo de amor é tão triste quanto D“o desamor que desagua!”.

    Diferentemente do palco, “As margens lá continuam” nos versos sobrepostos e assim como o rio precisa seguir seu curso, também as lágrimas, devolvendo a beleza desfrutada sob um céu sereno, cenário ou testemunha, recolhendo restos, rompendo margens de ontem e reinventando o presente e o futuro.

    Porque é d’Alma, noutras d’Almas.




    ¬

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  3. Meu caro POETA;
    Mais um poema de grande qualidade na linha da que nos habitou.
    Gostei bastante.
    Um forte abraço.

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  4. Como pude viver antes
    Sem ler-te...Uauuu!

    Belíssimo Poema
    Metáforas Perfeitas
    Amei!

    Beijo!

    (falar da separação desse modo fica linda, supera a dor.)

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  5. As margens desse belo e indecifravel rio da vida...abraços de bom dia amigo.

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  6. Poderia elogiar que é linda a sua forma de escrever. Ou dizer que me encanta.
    Poderia dizer que sinto que na sua escrita tem sempre muito mais do que eu possa compreender.
    Mas eu prefiro sempre dizer o que sinto ao ler, a impressão que ficou em mim, mesmo que não seja o que o autor quis dizer, transmitir, ou mesmo o que ele sentia ao escrever.

    Porque as palavras correm feito um rio, nos banha superficialmente ou profundamente, depende do leitor que nele mergulha. Porque feito um rio que passa, mesmo comprimido pelas margens, ele segue, ele cria outros caminhos, ele invade, ele transborda, mas sempre segue...para desaguar.

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    Enquanto escrevo, paro releio...e sabe que tive a impressão de uma pessoa que fala de dois amores, alguém que ama duas pessoas..

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    Se outras leituras fizer, outras interpretações e sentires terei.

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    Obrigada pelo seu comentário. E até ele eu preciso ficar relendo. rsrs

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  7. Um belissimo final de semana pra ti amigo,,,abraços.

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  8. Vim deixar a noticia...

    Sábado dia 19 De Fevereiro

    Tenho apresentação do meu livro

    Caminhei ...Caminhando
    e a apresentação de Algumas telas...

    a Apresentação Será às 15H 45 Minutos
    na Casa Luso-Angolana

    Associação Lusófona do Porto

    PRAÇA DAS FLORES

    Edifício Fontanário.

    Porto

    Conto contigo e leva amigas(os)


    beijo

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  9. sem mudar a sua interpretaçao acho que podemos ler este poema também desta maneira :

    Suas lágrimas já não desaguam
    Nada ficou com dantes
    De si ambas distantes
    As margens lá continuam

    Do desamor que desagua
    Perdido no porder amoroso
    Luar de banho vaidoso
    Com cicatrizes de lua
    Roda um seixo medroso
    Que ás margens se insinua
    Nesse vaidoso
    Rio sinuoso

    Amor de vivas águas esvaziadas
    Daquele manhoso curso vazio
    Pelo ávido desejo de ser vadio
    Sempre se amaram apartadas
    Por duas margens apaixonadas
    Foi subjugado um forte rio
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    apenas mudei a sequencia de uma estrofe

    achei a foto muito bem escolhida.

    bom final de semana!

    abraço

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