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À frente dos doutos cajados,
Obedecem cabisbaixos os timoratos,
Sem orgulho e por pele de carneiro contaminados,
Vão pastando nos deveres cívicos desacreditados,
Gritando a cidadania da pele dos lobos cordatos,
Nos pastos promovidos por tão pífios ingratos,
Que tanto apelam aos votos acarneirados!
Procuram-se lobos com muita fé,
Para salvar o rebanho dos carneiros, mééé!...
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Aqui no Brasil, carneiros e lobos estão contaminados. Pelo poder, pelo ter. Pela desonestidade, pela apatia, pelo deixar-se contaminar cada vez mais.
ResponderEliminarEscutamos é discursos que não são coerente com as práticas. Sejam dos cordeiros ou dos lobos.
Realmente fica difícil escolher, porque os que se dizem cordeiros, estão com alma de lobo...é só o poder lhes vestir e logo as garras e dentes colocam de foram.
Meu caro POETA;
ResponderEliminarPoema de excelência, muito bem conseguido; consentâneo com os tempos de bruma que se vive nesta coutada, onde o povo teima em andar de cócoras.
Um forte abraço.
Belissimo poema,,,intenso e forte em palavras,,,meu amigo, obrigado pelo carinho de sua visita ao Livro, volte sempre que desejar,,,abraços fraternos de uma bela semana pra ti.
ResponderEliminarENCONTREI VOCÊ NO BLOG DO MEU QUERIDO EVERSON.
ResponderEliminarE GOSTEI MUITO DAS SUAS POESIAS A
VERDADE TÃO AUTENTICA DE CADA UMA DELAS.
cONVIDO A SEGUIR MEU BLOG JA ESTOU SEGUINDO O SEU.
VOU TE ESPERAR SIM?
UM BEIJO CARINHOSO ,EVANIR
www.fonte-amor.zip.net
O cenário, conhecido nosso, é palco das eleições e o comentário, talvez, atrasado, mas não desatualizado. “Voto de Carneiro” é apresentado de modo crítico, na predileção diVersa do humor quando o tema é social, assim, desafia-se costumes e conceitos sociais, desperta a consciência social, quando não muito, modifica o comportamento habitual das pessoas.
ResponderEliminarO ‘wallpaper’ ocupa o de lugar do dedo em riste e já é em si uma voz, na voz de outras vozes, silenciosas e surdas.
Já não se fazem carneiros como antigamente [“Obedecem cabisbaixos os timoratos / Sem orgulho...”] e na passagem bíblica “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.” (Mateus 7:15) é perfeita à realização da mensagem poética que resiste à temporalidade e à uniVersalidade do poema.
Para alguns o evento eleitoral é significante, muito que mais que um ‘feriado popular’ é um momento de legitimação de um sistema que aprendemos a desejar e de certa forma, a preservar, através da defesa cônscia de nossos direitos. Para outros “Vão pastando nos deveres cívicos desacreditados / Gritando a cidadania da pele dos lobos cordatos”. Infelizmente, para os dois casos, a realidade não muda o cenário triste em que nos encontramos: “Procuram-se lobos com muita fé”.
A poesia d’Alma lembra-nos de que “salvar o rebanho dos carneiros”, proporcionando um conhecimento do contexto social que estamos inseridos e compreendendo que o presente é o reflexo dessas opções no passado, é “mééé!...”.
Apenas, nada mais que uma maneira, engraçada, mas trágica, de contar carneiros, enquanto os sonhos não vêm. Porque nunca vêm.
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