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sábado, 1 de junho de 2013

Látice


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De um lado o prazer do pecado que se confessava,
Todos os pecados passam pelo látice até ao missionário,
Ao outro lado, chega a confissão em forma de nudez escrava,
A carne ajoelha-se na penumbra da tentação da penitente que pecava,
Os demónios em expurgação atravessam as carnes cruzadas do confessionário,
Envolvem a penitência decotada da pecadora e a tentação do pecado incendiário,
São postos em causa dois últimos mandamentos,
Há o pressentimento dos últimos sacramentos,
Infinitas configurações de fogo apossavam-se da proteção do látice que latejava,
Entre as línguas que se cruzam arde a cruz crucificada do confessor solitário,
Abrem-se e fecham-se os espaços do mesmo fogo que o pecado ateava,
Vai e vem o entra que sai à volta dos pensamentos,
Perversos desejos do inferno lambiam o arrependimento que restava,
O secreto lado absolvente ajoelha-se no centro sentido do contrário,
Ao lado da penitência que ardia de prazer e já não se salvava!...

A sotaina que cobre a carne açoitada pelo pecado,
Cobre o homem que resiste e toda a sua fraqueza,
Trinte e três botões e as cinco chagas do crucificado,
Absolvem-se aos olhos de sete símbolos do sagrado,
Seja preta, violácea ou vermelha de maior grandeza,
Cobrem apenas as partes de uma parte da pobreza,
     Eternas suas cruzes traçadas no látice excomungado!...

Uma batina esgueira-se em auxílio,
Há beatas possuídas exorcizadas num ápice,
Devotas sem um único pecado auxiliadas ao domicílio,
Murmuram-se silêncios na noite de um santo concílio,
   Apaziguada foi a carne nos diversos lados do látice!...

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terça-feira, 26 de março de 2013

Incenso dos Ataimados

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Há um templo onde o pecado é extenso,
Erguido com o espírito dos desorientados,
No coração de ouro há credos bifurcados,
De um lado exala sorriso doce do incenso,
    Escolhido pela ostentação dos ataimados!...

Entre a alegria das crianças que se abraçam,
E os vis pecados que na sombra espreitam,
Protegem-se celibatários que se enfeitam,
Com os infantis bracitos que se adelgaçam,
Entristecendo os inocentes que se deitam,
   Debaixo do silêncio que as despedaçam!...

Baratas auréolas de divino incenso,
Encobrem a alma dos ataimados,
Escondem sorrisos desalmados,
Atrás do desalmado bom senso,
Vendem-se cruzes de peso imenso,
Com sangrentos pregos desaçaimados,
Acirra-se a traição dos cães de ódio intenso,
    Á bondade dos humildes, em Paz, sempre amados!...

Divinos violadores pagam com esmolas para ver,
Esse amor servido em pecador desejo contrário,
Profana-se a pura inocência acabada de perder,
Deus sabe que nada sabe da obrigação de sofrer,
Por Ele vendem-se direitos sagrados do calvário,
Ao masoquismo dos que choram com prazer,
Pela dilacerada carne no Cibório do sacrário,
Sangue e carne de Jesus dada a comer,
Em seu sacrifício voluntário,
   Que o matará para viver!...

E lá vai o Homem carregado com nossos pecados,
Em cima de cada pecado há mais um pecado do pecador,
     Que não se cansa de pecar contra si mesmo, Nosso Senhor!...
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Santa Cega Fé


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…o homem lá se apropriou da Fé dos crentes,
Para atingir clímax sobre o ouro do pedestal,
Aprendera a persuadir a cega luz da santa Fé,
Com a omissão dos pecados ricos de tanta Sé,
Sôfrega de ignorância e de corações doentes,
Flagela-se pelos vestígios do pecado original,
Ostentação pura do ouro em veste maternal,
Até à elevação de eleito deus, sendo quem é,
E só depois, santo por decretos convenientes,
Lavrados com o fino ouro de sábias mentes,
   Dos vulpinos que correm Cristos a pontapé!...

…queimam-se orações no inferno dissimulado,
No infernal abismo dos sorridentes e perversos,
    Com vaidoso fogo das almas vendidas ao diabo!...





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