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Sem o
brilho da ilusão,
Monta-se o
presépio dos iludidos,
Em cada
cena sobressalta a alucinação,
Abraçada
pela insânia dos desejos perdidos,
É dormente
a força perdida deitada nos pedidos,
E o desejo
dorme no desperto íntimo da humilhação,
Enquanto o
estábulo deserto pretende ser a negação,
Da Luz
acolhida na esperança de todos os acolhidos,
Para quem
a saudável humildade é a realização,
Dos humildes desejos dos
desiludidos!...
No outro
lado prescindiu-se da esperança,
Enfeitaram-se
pinheiros de ouro com peso imoral,
Nada se
perdeu nem em Jesus há qualquer semelhança,
Com o
pequeno brilho desprezado pelo infiel fiel da balança,
Onde são
pesados os mais pesados erros de enfeite fatal,
E há ricos
que se vão perdendo numa alucinada dança,
Nos delirantes tentáculos de um padrasto
natal!…
Ardem
palhas de conforto possível,
Nos olhos inflamados em fogo sem rosto,
Derramam-se
lágrimas falsas de combustível,
Na Esperança sempre vítima de fogo posto!...
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