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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Margem - Espuma da Nostalgia

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Contemplava aquele rio com uma só margem,
Sentado à beira do outro lado, uma miragem,
Mesmo lado da outra margem que era só uma
Por ali acima, a água entre margem nenhuma,
Corria debaixo de nenhuma sucinta passagem,
      Ponte, talvez, que unia as margens de espuma!...

Deitou-se no movimento transparente do leito,
Sob transparência de uma lágrima de nostalgia,
Fez-se rio, fez-se a margem firme em seu peito,
 E ponte atravessada sobre o rio que percorria!..
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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O Salto aos Olhos da Malta


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Aproximam-se do arco da ponte mais alta,
Caindo do chão até às vertigens oscilantes,
É tão antecedente a cruel tristeza que salta,
Ante os olhos da pouca felicidade que falta,
 Há o abraço vazio abrindo-se por instantes,
E antes que as angústias se façam distantes,
    Despediu-se o adeus à indiferença da malta!...

A malta guinda-se até ao fundo do próximo dia,
Descem comprimidos para amortecer o abraço,
A malta vende dias anteriores à memória vazia,
 Descontinua-se o pilar da ponte sob a travessia,
 Sucumbe a ponte que é testemunha do cansaço,
     E de sua tristeza que pela fria malta se angustia!...

Tantos dias a construir a ponte, agora oscilante,
Sem que soubesse de alguém que o soubesse,
Talvez o seu silêncio triste no-lo dissesse,
Mas o dia a dia foi sempre hesitante,
Talvez a ponte não fosse o que parece,
E o amanhã não parecesse tão adiante,
Dessa solidão de todos os dias tão distante,
Tantos dias, e um só dia que fosse, assim o quisesse,
   Como se, em vez do salto, fosse travessia confiante...

Ao olhar da malta!...
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