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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Margem - Espuma da Nostalgia

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Contemplava aquele rio com uma só margem,
Sentado à beira do outro lado, uma miragem,
Mesmo lado da outra margem que era só uma
Por ali acima, a água entre margem nenhuma,
Corria debaixo de nenhuma sucinta passagem,
      Ponte, talvez, que unia as margens de espuma!...

Deitou-se no movimento transparente do leito,
Sob transparência de uma lágrima de nostalgia,
Fez-se rio, fez-se a margem firme em seu peito,
 E ponte atravessada sobre o rio que percorria!..
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quarta-feira, 17 de julho de 2013

O Sol e a Sombra... da corrupção


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Hábitos de caminhos abrasados,
Empecidos por mais um dia quente,
Derrete-se o passo que se fica lentamente,
Debaixo dos pés crepitam insectos queimados,
     Haverá sombra de melhores dias mais à frente?!...

“Este Sol corrompe os dias e torna-os sombrios…”

Hábitos de caminhos fechados abrem-se ao suor,
Há fosfatos a escorrer em sulcos de transpiração,
Há pequenas escrivaninhas d’água e outra maior,
Sento-me na fresca cadeira d’água e vejo melhor,
Descrevo as miragens num assomo de inspiração,
Os adjetivos evaporam-se na escrivaninha menor,
Quase tudo é nada e é do nada que caio na razão,
  Caio no hábito de procurar-me no caminho pior!...

Este Sol corrompe os dias e torna-os sombrios,
Vende a sombra a quem lhe comprou a ilusão,
     O Sol que queima os pobres nos dias mais frios!...
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