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domingo, 23 de junho de 2019

Hífen... talvez!...

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Talvez as ruas flutuassem,
Talvez os caminhos se fizessem mais leves,
Talvez os passos à volta de tudo gravitassem,
Talvez a eternidade fosse tão breve,
Efémera quanto o…
Talvez!...

Sem alento,
Num hiato perdido no tempo,
Perde-se um pontapé desiludido,
Interstício triste para um lamento,
Talvez feito hífen por Deus ungido,
Num pedaço de tempo escondido,
Entre a cor de um olhar alvacento,
    E as cores de um olhar perdido,
Olhar perdido, quanto o…
Talvez!...

Talvez me preencha o leve espaço,
Do qual me preencho com languidez,
Sinto-me rua atravessada pela timidez,
E timidamente flutuo entre um abraço,
Que gravita nos braços do que não faço,
     Fazendo-me mundo sem nome, talvez!...

Desanimado,
Percorro-me neste estado de alma,
Flutuo entre o vosso mundo desalmado,
E o olhar do meu voo calmamente revoltado
     Que sobrevoa meu próprio voo com calma!...

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Hábito Livre da Livre Rotina

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Sou de Rotinas,
Gosto de passar… e passo,
Pelo nunca onde sempre passei,
Faço-me no caminho que desfaço,
E faço o que desfiz quando cheguei;
Reconstruo partidas das quais partirei,
Livre dos pontos exactos de compasso,
Sem linhas que limitem o meu espaço,
E me prendam à periferia de uma lei,
Obriguem à constância do escasso,
    Curva inconstante do que sei!...
    Sou de hábitos e rotinas…
Dou por mim a ver-me passar,
No verde da mimosa já amarela de cor,
Revivo a sensação nova do revisitado estupor,
Imobilizo-me no sorriso dos lábios florescidos por amar,
E pinto o primeiro quadro que sempre pintei e volto a pintar,
    Único, da delicadeza de Primavera a florir no Inverno em flor!...
   Sou de rotinas…
Neste hábito de sentir nos compassos a incerteza a aflorar
Esquecidos dos círculos fechados incompletos por amor!...
    
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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Dr.Ed Ztone

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-Mãe, encontrei um planeta que encolheu,
Igual a um serôdio grão de milho!...
-Cala-te, filho,
Uma galinha vinda da lua já o comeu!...

Assim, “Dr.ed Ztone” nasceu,
Iluminado pelo solar brilho,
Que um dia seria seu!...

A uns dezoito milhões de quilómetros ludibriantes,
Depois de astronómicos milhões a todos eclipsados,
Não ficassem a ver estrelas e tudo ficaria como dantes,
     Se tantos cabeças na lua não tivessem sido enganados!... 

Para lá da lua onde ainda as bandeiras ondulam,
Há pulgas de cinema feitas com pixeis da ciência,
O fim do infinito finda-se em estado de incipiência,
Ao preço mais alto do segredo, as estrelas pulam,
Cobra-se o dinheiro até ao fim aos que os bajulam,
     E todos pagam para ver novos filmes da evidência!...

Dr. Fraude encontrou um novo sistema solar,
A cem milhões de pensamentos de distância,
-Pai, nos confins de ouro e milhões a ganhar,
      Encontrei mais um novo planeta por inventar!...
   -Cala-te, filho, isso já é ficção sem importância,
      Marcianos já o viram no último filme da Pixar!...
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