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Talvez as ruas flutuassem,
Talvez os caminhos se fizessem mais leves,
Talvez os passos à volta de tudo
gravitassem,
Talvez a eternidade fosse tão breve,
Efémera quanto o…
Talvez!...
Sem alento,
Num hiato perdido no tempo,
Perde-se um pontapé desiludido,
Interstício triste para um lamento,
Talvez feito hífen por Deus ungido,
Num pedaço de tempo escondido,
Entre a cor de um olhar alvacento,
E as cores de um olhar perdido,
Olhar perdido, quanto o…
Talvez!...
Talvez me preencha o leve espaço,
Do qual me preencho com languidez,
Sinto-me rua atravessada pela timidez,
E timidamente flutuo entre um abraço,
Que gravita nos braços do que não faço,
Fazendo-me mundo sem nome, talvez!...
Desanimado,
Percorro-me neste estado de alma,
Flutuo entre o vosso mundo desalmado,
E o olhar do meu voo calmamente revoltado
Que sobrevoa
meu próprio voo com calma!...
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Com calma, e alma, a segurança de um voo certo. Sem destino, talvez, mas repleto de possibilidades e desejos, e sonhos... e a certeza de que muitos outros ainda virão.
ResponderEliminarHoje, especialmente hoje, carecia de um Poema para decifrar... entre a linguagem e os vértices da Poesia. Entre o dito e o não dito, num encontro que poucos, ou quase ninguém, seria de capaz de compreender.
Abraço, A.
Sempre presente...
ResponderEliminarAinda em voo, único, e quase solitário... às penas de uma tinta borrada pelas lágrimas... doces.
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