domingo, 23 de junho de 2019

Hífen... talvez!...

.
.
.

Talvez as ruas flutuassem,
Talvez os caminhos se fizessem mais leves,
Talvez os passos à volta de tudo gravitassem,
Talvez a eternidade fosse tão breve,
Efémera quanto o…
Talvez!...

Sem alento,
Num hiato perdido no tempo,
Perde-se um pontapé desiludido,
Interstício triste para um lamento,
Talvez feito hífen por Deus ungido,
Num pedaço de tempo escondido,
Entre a cor de um olhar alvacento,
    E as cores de um olhar perdido,
Olhar perdido, quanto o…
Talvez!...

Talvez me preencha o leve espaço,
Do qual me preencho com languidez,
Sinto-me rua atravessada pela timidez,
E timidamente flutuo entre um abraço,
Que gravita nos braços do que não faço,
     Fazendo-me mundo sem nome, talvez!...

Desanimado,
Percorro-me neste estado de alma,
Flutuo entre o vosso mundo desalmado,
E o olhar do meu voo calmamente revoltado
     Que sobrevoa meu próprio voo com calma!...

.
.
.
 

2 comentários:

  1. Com calma, e alma, a segurança de um voo certo. Sem destino, talvez, mas repleto de possibilidades e desejos, e sonhos... e a certeza de que muitos outros ainda virão.
    Hoje, especialmente hoje, carecia de um Poema para decifrar... entre a linguagem e os vértices da Poesia. Entre o dito e o não dito, num encontro que poucos, ou quase ninguém, seria de capaz de compreender.

    Abraço, A.

    ResponderEliminar