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sábado, 29 de dezembro de 2012
sábado, 8 de dezembro de 2012
Entre Aspas Poéticas
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Descreviam-se os sempre presentes
desertores,
De fiéis atraiçoados por estranhos poemas
desconhecidos,
Revoltavam-se com suas entranhas os
senhores doutores,
E entranhavam-se na certeza dos destinados a
deprimidos,
Sempre entregues aos estoicos versos já por
demais batidos,
Dados à luz pelo tão saber sentir o ser-se
pai e seus autores,
Para serem lidos por universitários graus
de risíveis valores,
Imitados por limitados poetas por tão ridículos mal paridos!...
Queixavam-se na fila da frente, sem noção, os
desertores,
Das traições ingratas sobre as suas
abreviaturas doutoradas,
Como se suas preces por versos houvessem
sido abandonadas,
E tudo que resta são ensurdecedores
murmúrios dos clamores,
Corvejados pelos redundantes ventos de
trovas mal clamadas,
Às orelhas moucas de onde vai escorrendo a cera
dos rumores!...
Escrevem-se poemas escanzelados entredentes,
Mordidos por bocas desdentadas de
esfomeadas prosas,
Agarram-se a todos os espinhos meigos com
unhas e dentes,
E em sua teimosia de tão cega já enfadonha por
tantos precedentes,
Banham-se em mistelas poéticas como se
fossem água de rosas!...
Porque, meu pretenso poeta, te arrastas,
Para as tuas prosas tão longe, longe de mim,
Para as tuas prosas tão longe, longe de mim,
Se és parte de poemas aparte partindo do fim,
Sem a rima dos poetas concebidos entre aspas?!...
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sexta-feira, 4 de maio de 2012
Fim...
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E entre humildes Poemas foi assim,
Que muito do que passou por mim,
Dividi com quem quis axiomas de si,
Desses sentimentos comuns que vi,
Entre espigões em flores de jardim,
Sentires vossos que eu não escondi,
Por serem comuns a tudo que senti,
Alma d’Alma que escolheu o seu fim,
Desde o primogénito verso que pari!...
Aos que viram em d’Alma um Poeta,
Lamento desiludi-los mas sem ironia,
Digo que na noite não há o Sol do dia;
Não passa duma consequência direta,
Da necessidade,
De fazer florir a verdade,
Em celestiais jardins de fantasia,
Regados com a beleza da Liberdade,
Só
ao alcance do que achais ser Poesia!...
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Com gratidão!...
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