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Minhas pedras silenciosas,
Que tanto resistis às águas mansas,
E tu, minha doce água que não te cansas,
Que passaste por amargas línguas furiosas,
E tu, minha doce água que não te cansas,
Que passaste por amargas línguas furiosas,
Tão vivas são as vossas memórias grandiosas,
No coração das memórias sem lembranças,
Pontes
erguidas sobre pedras saudosas!...
São tão tuas estas minhas estórias,
São tão tuas estas minhas estórias,
Recordações sobre tuas águas estagnadas,
Onde flutua a nostalgia de minhas
memórias,
Não me lembro de comprometidas
promissórias,
Nem outras dívidas sobre muitas águas
passadas,
Devo-te todas as minhas silenciosas glórias,
Devo-te todas as minhas silenciosas glórias,
Barquitos de papel sobre águas paradas,
Ponte de recordações obrigatórias!...
Devo-te tudo do que nada me deves,
Devo-te tudo do que nada me deves,
Atrevo-me a nadar à volta de tuas velhas águas,
Pergunto-me, como a todas as pedras, tu te
atreves,
A ser pedra tão firme nesse teu rio de tantas mágoas!...
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