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Às vezes, dava por mim perdido,
Ali, num lugar privilegiado da história,
À procura das estórias de santo sossego;
Embala-me cada degrau onde me aconchego,
E subo entre memórias ao encontro da
memória,
Seguindo a luz padroeira que amamenta a
trajectória,
Até ao efeito mais profundo, lá no alto de Lamego!...
A mais pequena pedra de cada monumento,
A mais pequena pedra de cada monumento,
Era uma pequena parte do rosto de alguém,
Quase podia sentir em mim, cada momento,
Olhares das almas gravados num fragmento,
Olhares das almas gravados num fragmento,
Meus olhos procurados pela alma, também,
Para serem as testemunhas do sacramento,
E, juntos, subirem até ao amor de Mãe!...
E, juntos, subirem até ao amor de Mãe!...
Imagino incrustar-me no rosto da fé
anunciada,
Esculpir-me na promessa e ser degrau contemplativo,
Sentir as dores sobre cada degrau de
dívida saldada,
E obter uma resposta diferente da sempre
dada,
Por cada lágrima de pedra no rosto meio vivo,
Uma atrás de outra lágrima ressuscitada,
Até
ser divino remédio compassivo!...
Aproximo-me, pé-ante-pé,
Observo pecados intermédios,
Assediadores são vítimas de assédios,
Mercadores crentes no amor da sagrada Fé,
Em Nossa Senhora dos Remédios!...
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