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domingo, 20 de agosto de 2017

Relatividade do brilho... e da Teoria

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Cai tudo do céu,
Até o horizonte de lá cai,
Um coelho divino cai do chapéu,
É magica a mensagem que de lá sai,
De uma estrela há o brilho que se abstrai,
   A vaidade exibe um brilho como troféu!..

Caem sombras de pedras do chão,
Caem sobre a relatividade da teoria,
O céu caiu da sua pura concepção,
Imolam-se as nuvens em aflição,
    Pelo inferno que do céu caía!...

No horizonte, já muito brilhantes,
Cheias de brilho, as estrelas absolutas,
São relativas virgens, tal como dantes,
Como relativas são algumas putas;
Talvez que ao caírem, por instantes,
Tão cintilantes quanto impolutas,
Sejam puras como diamantes,
Ou sejam apenas amantes,
Em seus céus de disputas,
    Estrelas do céu distantes!...

Cai tudo da terra inocente,
Tudo cai sobre a mesma terra,
A inocência morre lentamente,
    Na paz do céu, palco de guerra!...

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domingo, 1 de novembro de 2015

"Cuspo na Tua Sepultura"

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Nesta terra com que te enterrei,
Terra onde não há vida nem apreço,
É a terra que me deste e eu escavei,
É só tua a terra que da cova eu tirei,
Terra que por ser tua não mereço,
E por ser tão tua, tua terra te dei,
    Terra que eu não esqueço!...

São teus ódios, agora, de terra
Nesse coração de terra infecunda,
Onde minhas mágoas foram enterradas,
Com a terra de tuas suspeições infundadas,
    De onde nasceu minha felicidade profunda!...

Trago as cicatrizes profundas que me deixaste,
Na alma que, sem tu saberes, Deus me deu,
Trago-te a terra que para mim compraste,
Nada quero do que comigo gastaste,
Com todo o desprezo que era teu,
    Tão teu que, com o meu ficaste!...

Só não te trago paz, meu amor,
Deste céu para o inferno onde estás,
Todos os dias desenterraste a triste dor,
    Desta que todos os dias terra te trás!...
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domingo, 4 de outubro de 2015

Luto Celeste


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Vieram de terras distantes,
Para muito perto da inocência,
Fugiram de histórias dissonantes,
Sobre covardia de fugas humilhantes,
Nas trouxas com pedidos de indulgência,
Havia muitos negalhos a atar a incoerência,
Pontas soltas de mentiras incessantes,
Bem atadas à histórica precedência,
    Da ganância estrelar!...
E as estrelas são todas cadentes,
Por mais celestes que se mostrem azular,
Há séculos que há muito sangue nos dentes,
Das veias de todas as raças feitas diferentes,
Algumas estrelas são impossíveis de tatuar,
Na sempre negada igualdade crepuscular,
São iguais ao resto dos frios sóis poentes,
Na esperança perdida, perde-se o olhar,
Dos cadáveres ainda quentes!...

O céu já não sabe o que fazer,
Tudo é céu aberto de valas comuns,
Rasgados são os céus pelo cego poder,
O céu vê suas estrelas caídas fenecer,
Tudo é um céu para o céu de alguns,
O céu de luto não para de sofrer,
   Pela morte dos céus comuns!...
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domingo, 3 de abril de 2011

Nudez no Céu

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…Esperava um pouco daquele céu,
No seu inferno às vezes celestial…
Celeste era aquela estranha fixação infernal,
Espreitando do rasgo denunciado do véu,
Transparente… ao léu!...
Despido.. nua integral!...
Despida… no despido céu!...


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