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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Sem Medo das Palavras

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Desafiava a palavra mais forte,
Encarava-a de frente,
E, de repente,
Num golpe de fino recorte,
Sem perder o porte,
Desferia um golpe certeiro na língua da serpente,
Cortando-lhe o verbal veneno da bifurcada sorte,
Para que a crua verdade ficasse bem assente,
     No traje da vida e na nudez da morte!...

Assim viveu,
Sem medo das palavras ditas,
Sem medo do que sempre foi seu,
   A vida das suas palavras escritas,
      Palavras vivas com que morreu!...
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domingo, 4 de outubro de 2015

Luto Celeste


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Vieram de terras distantes,
Para muito perto da inocência,
Fugiram de histórias dissonantes,
Sobre covardia de fugas humilhantes,
Nas trouxas com pedidos de indulgência,
Havia muitos negalhos a atar a incoerência,
Pontas soltas de mentiras incessantes,
Bem atadas à histórica precedência,
    Da ganância estrelar!...
E as estrelas são todas cadentes,
Por mais celestes que se mostrem azular,
Há séculos que há muito sangue nos dentes,
Das veias de todas as raças feitas diferentes,
Algumas estrelas são impossíveis de tatuar,
Na sempre negada igualdade crepuscular,
São iguais ao resto dos frios sóis poentes,
Na esperança perdida, perde-se o olhar,
Dos cadáveres ainda quentes!...

O céu já não sabe o que fazer,
Tudo é céu aberto de valas comuns,
Rasgados são os céus pelo cego poder,
O céu vê suas estrelas caídas fenecer,
Tudo é um céu para o céu de alguns,
O céu de luto não para de sofrer,
   Pela morte dos céus comuns!...
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