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O Pensamento que vai de mim,
Até à Rima,
Liberta tua alma do teu corpo à beira do
fim,
No decurso do pensamento é revelado o teu
frenesim,
Mas só do teu desejo em esmorecimento,
Que subestima,
Os profundos passeios entre a flor e o
jardim!..
Lembras-te dos jardins abertos às flores,
E dos perfumes oferecidos aos seus
amores?!...
Lembras-te dos corações de marfim,
Das asas amorosas das desfeitas
borboletas,
Dos elefantes voadores,
Desfeitos em desfeitas piruetas,
Desfeitos em desfeitas piruetas,
E de todas as tuas dores?!...
Essas sim,
Essas sim,
-Digamos assim-
São tua obra-prima,
Ausência de ti que em ti dói,
E se queres saber porque te mói,
Lê os pensamentos que vão de mim,
Até à rima!...
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Vou deixar registrado que li e que gostei muito.
ResponderEliminarMais que isto é tentar explicar emoção e eu não sei explicar.
Um meio e uma oportunidade de se encontrar representações diversificadas sobre a fantasia e a realidade. Ainda que nas entrelinhas. Trilha. Ou atalho que acolhe o sentimento e pode levar a diversos pontos de chegada, como o erotismo e a paixão.
ResponderEliminarConsiderando o pensamento como fonte de vibração à memória já perdida, ou esquecida, dos “jardins / perfumes / corações de marfim / asas / borboletas / elefantes voadores” a temática amorosa é pela libertação ‘da alma do corpo’, na hora da morte, ou da pequena morte, no clímax da vida. A excitação revelada como natural comparada ao fim do desejo recíproco faz do erotismo uma paisagem a ser apreciada, com comprometimento e envolvimento, e dependente de outro tipo de linguagem, ou de códigos, para se revelar. Como poética. E poesia.
‘As piruetas’. Metáforas do amor no exercício acrobático. Encontro. Êxtase. Conversão dos corpos à relação semântica na união das partes fragmentadas, constituindo um elo num movimento rítmico entre ‘ele e ela’, ou ‘ritmo e rima’. E são tantas as hipóteses, ou sentires de pele, e à mistura, expressão e conteúdo na liberdade da melodia. Performance.
‘Dor e obra-prima’. A dupla, ora negativa ora positiva, projeta uma imagem de negativa positividade, deixando transparecer ou revelar, a forma ambicionada da melancolia como ponto de convergência. Ou de cumplicidade. No reconhecimento do outro através de suas vivências e experiências na veiculação da admiração. Ou da paixão.
‘Lê’. Porto de chegada. Nunca fim. A poesia d’Alma é via. Passagem. A única liberdade que experimento é a da rotina, na imaginação da viagem rumo aos desafios, não de conjugar em igualdade a sintonia. Dois mundos completamente distintos em algumas de suas aparentes semelhanças. Mera espectadora. E admiradora de uma Arte que a cada poema mais me encanta.
Sem dúvida, “Até à Rima” é um longo caminho a ser conquistado. E merecido. Mérito da musa e da poesia d’Alma.
Bom fim de semana A.
Poeta
ResponderEliminarObrigada pelo comentário que é um hino à poesia e que me embalou a alma em cada palavra e que senti tão minha.
Foi um prazer imenso receber-te no meu humilde espaço, que ficou perfumado de sensibilidade.
Que 2013 te cubra com o manto do amor e da paz.
Um beijinho
Sonhadora
"A todos Aqueles que me visitam ...A todos Aqueles que me Ajudam a construir,com comentários aos posts que vou fazendo ...A todos Aqueles que me incentivam a escrever,Se agradados por mostrarem o conteúdo do meu cantinho ...A todos Aqueles que leram o, de uma ponta a outra,Tendo mesmo chegado a meio do percurso ...A to...dos Aqueles que espreitam o, mesmo não deixando rasto ...Espero que um dia Ganhem coragem! :)Beijinhos e obrigada ... "
ResponderEliminarFeliz Ano Novo!