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O Pensamento que vai de mim,
Até à Rima,
Liberta tua alma do teu corpo à beira do
fim,
No decurso do pensamento é revelado o teu
frenesim,
Mas só do teu desejo em esmorecimento,
Que subestima,
Os profundos passeios entre a flor e o
jardim!..
Lembras-te dos jardins abertos às flores,
E dos perfumes oferecidos aos seus
amores?!...
Lembras-te dos corações de marfim,
Das asas amorosas das desfeitas
borboletas,
Dos elefantes voadores,
Desfeitos em desfeitas piruetas,
Desfeitos em desfeitas piruetas,
E de todas as tuas dores?!...
Essas sim,
Essas sim,
-Digamos assim-
São tua obra-prima,
Ausência de ti que em ti dói,
E se queres saber porque te mói,
Lê os pensamentos que vão de mim,
Até à rima!...
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