quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Moeda


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Havia um certo ouro,
No brilho da pobreza,
Como se ser-se pobre,
Fosse condição nobre,
Da nação Portuguesa!...


Havia um certo ouro,
No respeito da mocidade,
Não cuspiam na Bandeira nacional,
Sentiam-na como nenhuma outra igual,
Brilhante orgulho na identidade!...


Míngua era verdadeiro ouro,
Com um certo brilho de prata,
No embaciar conspirava a lata,
Sonho rico com o 25 vindouro,
Liberdade e um farto tesouro,
Que ainda hoje não se farta!...


Há um certo brilho no olhar,
Há certos reflexos de ouro roubado,
Numa certa moeda que nos está a matar!...

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1 comentário:

  1. Os versos habitam as lembranças e revisitando uma época que faz parte do contexto sócio-histórico e cultural de Portugal, o poema “Moeda” circula entre três dimensões históricas: a que passou, a que está acontecendo e aquela que vai ser contada.

    Refletindo numa poesia que convoca à reflexão sob um novo olhar, mas que, sobretudo, fará parte da história na história de Portugal.

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