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segunda-feira, 8 de abril de 2019

Indiferença.Poema 2 - Fechado em Si

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De intuito um tanto torto,
Impensável sem o parecer,
Sem pensar e em si absorto,
Sepultado em si, sem o saber,
Não houvesse quem por si haver
Haveria de o pensamento já morto,
    Pensar em não pensar em morrer!...

Viveu como quem não morresse,
Vida sua que, de si, em si morreu,
E se vida houve que Deus lhe deu,
Foi a vida do que lhe apetecesse,
Talvez agradecer sua vida devesse,
   Rebentou de ingratidão e morreu!...

Engana-se a vida e morte, por aí,
Vida que morre dentro de alguns,
Uns dizem que é um pouco de ti,
Outros já sem a vida dentro de si,
   Afirmam-se vivos como nenhuns!...

Indiferentes a tal forma de azar,
Pouco lhes custará a sua morte,
Não quiseram viver para se dar,
Morreram sem a sua vida pagar,
   Por sua vida e desgraçada sorte!...
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domingo, 31 de janeiro de 2016

Saudade sem existência


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Eram suas as suas saudades,
Saudades que nunca quis ter,
Alimentou-se de frugalidades,
Pratos vazios de necessidades,
Pouco mais desejou para viver,
Só queria ter saudades de ser,
Diferente das suas brevidades,
    Saudades suas antes de nascer!...

Morreu a saudade por ninguém,
Da saudade que de saudades viveu,
Saudades da saudade de alguém,
   Que de saudades não morreu!..
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Esplim (Melancolia Existencial)








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Talvez sim,
O princípio esteja na existência,
Talvez na primeira impressão da aparência,
Ou na aparente impressão de princípios assim,
E nada exista!...
A fantasia e o olhar a florir entre flores de jardim,
As cores, cada perfume e a sua fantástica essência,
Os regatos de cristal e as fontes incríveis de marfim,
A sorte longínqua e lenta dos elefantes, pesada e ruim,
O vapor das lágrimas transparentes em evidência...
Talvez sim,
    E nada exista...
Tudo gire num bailado harmonioso de inocência,
E um ou outro sublime estado de abstrato esplim,
Talvez a razão do fim do mundo, afinal não exista,
    E só para todos nós e todas as coisas haja um fim!...


Talvez tudo que existe seja irreal,
Talvez a melancólica realidade não resista,
A esta melancolia existencial,
   E nada exista!...

   
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