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sexta-feira, 26 de abril de 2013

... e o Sibilar das Avenas

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Invade-a um sono de aliviada,
Um beijo de novo e da brisa,
Deixa-se ameigar,
E indecisa,
Deixa-se beijar,
Pelo desejo que desliza,
Entre o beijo e o ser beijada,
E um desejo de ser desejada,
   Pelo prazer que dela precisa!...

Deita-se com ela a magia,
Da tardinha e o fim do afã,
Afagam-na o voo e as penas,
E o adejar suave da alegria,
O sibilar mágico das avenas,
E um desejo amaciado da lã,
Desvanecido na melodia,
Que se desvanecia,
   No cio despertado da manhã!...

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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Órfãos da Primavera



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Uma filha órfã de uns e outros pais,
Para alimentar seus filhos pequenos,
Vendia-se a quem prometia pagar mais,
Triste era a entrega e achavam ser demais,
    Pagando a promessa por muito menos!...

Começou por alugar partes do corpo,
Aos olhos que mais partes queriam comer,
Promessas de pão com fartura fizeram-na crer,
Na necessidade de vender-se a qualquer porco,
Até nada restar do que tinha para vender!...

Quando as dezoito primaveras floridas,
Deram as boas vindas à sua maioridade,
Seus filhos já eram flores entristecidas,
    Desflorados na sepultura da mocidade!...

Campos de flores escondem a saudade,
Com as primaveras das crianças suicidas,
Ninguém evoca ter violado por caridade,
    As três Primaveras órfãs da puta da vida!...
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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Brisa de Primavera

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Bendita malícia da brisa,
Benditos seios sensuais ao frio,
Sob as copas de seda leve e lisa,
Mamilos salientes,
Desejos frementes,
Ser desejo do ser vontade indecisa,
Hesitações impacientes,
Estímulo de clandestino arrepio,
No calor desse desejo vadio,
   Que do desejo precisa!...

Entrega-se a passarita excitada,
 Ao excitado passarito que a espera,
Pressente-se inquieto e desespera,
Vibra uma brisa silvestre extasiada,
Sobre flores que afloram do nada,
    Colorindo o corpo de Primavera!...
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terça-feira, 5 de abril de 2011

Na Primavera...

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…Esta minha bendita tristeza,
Que floresce nestes estranhos enleios,
Os chilreios…
 Felizes de tanta beleza,
Batidas de descompassada estranheza,
Desesperado desejo que prospera,
Sem freios!...
Como se… ao mungir a Primavera,
Saciasse a sede e a fome no cio dos seios!...

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