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quinta-feira, 25 de maio de 2017

Sal do Prefácio e da Vastidão

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Escrevendo-me nos vastos prefácios do mar,
Fiz-me cada oceano das palavras navegáveis,
Da vastidão, fiz-me minúsculo para desaguar,
Nas frescas fontes onde tu te pudesses saciar,
   Fontes tuas, de tua sede, sempre insaciáveis!...

Escrevendo-me com minhas palavras salgadas,
Em barcos de papel, onde eu queria que fosses,
Fiz-me verbo escoado de lágrimas naufragadas,
Signifiquei-me em palavras de águas desejadas,
    Fazendo-me um imenso mar de palavras doces!...

Já não sou imenso nem sou mar contemplado,
Não sou o sal no prefácio azul das águas vastas,
Sou a falésia e a contemplação do mar passado,
Sou regato feliz percorrido por  palavras gastas,
   Palavras sempre frescas por ter-te encontrado!...

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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Brisa de Primavera

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Bendita malícia da brisa,
Benditos seios sensuais ao frio,
Sob as copas de seda leve e lisa,
Mamilos salientes,
Desejos frementes,
Ser desejo do ser vontade indecisa,
Hesitações impacientes,
Estímulo de clandestino arrepio,
No calor desse desejo vadio,
   Que do desejo precisa!...

Entrega-se a passarita excitada,
 Ao excitado passarito que a espera,
Pressente-se inquieto e desespera,
Vibra uma brisa silvestre extasiada,
Sobre flores que afloram do nada,
    Colorindo o corpo de Primavera!...
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