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Ratinha Poética,
Procura Poema dourado,
Para futuro compromisso!...
Não interessa que seja casado,
Muito para além disso,
Não precisa ser um filho da ética,
Preferem-se estâncias de rica métrica,
Não se aceitam cheques de valor pelado,
Pode ser verso livre de viúvo ou divorciado,
E se não quiser que a ratinha dê o sumiço,
Não haverá poesia que quebre o feitiço,
De uma vingativa e ordinária dialética,
Incapaz de anular soneto denunciado!...
Poema forte, rico e sedutor,
Procura rica e moderna poesia,
Com ritmo da antiga trova vadia,
Para relação séria de futuro louvor,
Exigem-se elegantes rimas com fervor,
Sem preconceito pela falsa harmonia,
Entre a verdade e o cântico de amor,
Pronta para sustentar com alegria,
Seu novo poema e senhor!...
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Procuram-se dois poéticos dilemas,
Cesurados por um par de iguais inversos,
Desavindos entre dois falsos poemas!...
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Por certo vão aparecer candidatos!
ResponderEliminarMágnifico! Parabéns
Bjs dos Alpes
Meu caro amigo POETA;
ResponderEliminarSimplesmente GENIAL.
Parabéns.
Abraço.
Poeta
ResponderEliminarComo sempre aquele "vinagrete", que faz da tua poesia um momento único.
Hoje não passei em silêncio...atrevi-me a comentar.
Um beijo
Sonhadora
Um anúncio em destaque no Caderno de “Classificados” e temos uma primeira página de uma poesia que, além de inovadora, é divertida e agradável, num poema cuja temática tem ênfase na propaganda e publicidade de um serviço [oferta] para um mercado que está em evidência [procura].
ResponderEliminarA principal característica da propaganda é o caráter persuasivo e sedutor sobre a valorização de um produto, bem ou serviço, na promoção e exaltação de suas qualidades. A organização do poema acontece da mesma forma aos recursos linguísticos utilizados na propaganda. Através de um discurso claro e convincente, d’Alma apresenta o produto, define suas características e seu valor, incitando a fantasia e o desejo de consumo, a fim de atingir um público alvo específico àquela mercadoria.
A linguagem simples e simpática do poema é comparada ao gênero textual dos classificados ao transformar os elementos poéticos em mercadoria de consumo [“Poética / Poema / métrica / verso / poesia / dialética / soneto / ritmo / rimas / harmonia”].
O comércio. Duas mercadorias distintas [“Ratinha Poética,” / “Poema forte, rico e sedutor,”], com objetivos semelhantes [“Procura Poema dourado,” / “Procura rica e moderna poesia,”], mesmo fim de consumo [“Para relação séria de futuro louvor,” / “Para futuro compromisso!...”] e grande demanda.
O poema apresenta um asterisco significando uma ruptura na narração e atinge seu desfecho. Um novo anúncio não desfaz a veracidade dos anúncios anteriores sugerindo uma propaganda enganosa [não conformidade entre o produto ou serviço promovido com o conteúdo da mensagem], mas aponta contradições quanto ao caráter de seus anunciantes [“Desaparecidos entre dois falsos poemas!...”].
Há usuários de compra e venda para os mais variados produtos. E valores. Exceto para a poesia d’Alma. Fazer poemas a atingir a elite, é fácil. Difícil é seu contrário.
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