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Amoras amadurecem,
Protegidas pelo verde silvado,
Morenas que não se esquecem,
Irresistíveis que do desejo crescem,
Espinhos afiados a protegem do pecado,
Serão tão amadas sem nunca terem amado,
Por quem as ama sem nunca as ter provado!...
…Talvez os espinhos,
Sejam a provação dos caminhos,
Que na espinhosa silva demora,
O prazer de provar uma amora!...
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O segredo está em contornar os espinhos...
ResponderEliminarE saborear o fruto!
Bjs dos Alpes
...talvez os espinhos sejam o gosto desfiado pelo verde-ventre-silvado a quem o pecado chamou "filha" à amora..
ResponderEliminarp.s amo amoras e já as provei, espinhosas e boas :)
deixo-te
Beijos
(e levo-te a imagem***)
Assiria
A irresistível tentação de provar, parece inofensiva. Mas mesmo tão simples tarefa, requer conhecimentos, não vamos nós confundir a amora com algum fruto venenoso, que nos mande, num segundo,desta para melhor (ou pior), não lhe parece, caro poeta?
ResponderEliminarSaudações.
Helena
Como um espinho que entranha na carne, o poema “Amora” incomoda pela temática romântica materializada no contexto poético do desejo sexual que nasce, cresce e não acontece.
ResponderEliminarTodo o poema excita a curiosidade pelo próximo verso. Não há entrelinhas. Não há DiVersos. A maturidade confere sabedoria e conhecimento [“Amoras amadurecem,”] sob um cuidado indispensável [“Protegidas pelo verde silvado,”]. A poesia saliva [“Morenas que não se esquecem,”], enquanto o verso exprime sensações que nos deixam em posição de suspense [“Irresistíveis que do desejo crescem,”]. Um arrepio n’Alma e à leve impressão de que podemos nos ferir, recuamos [“Espinhos afiados a protegem do pecado,”]. A proposta não é apenas poética. É experimental. O amor pleno, aquele que existe e resiste à ausência da reciprocidade [“Serão tão amadas sem nunca terem amado,”], sobrevivendo simplesmente pelo estímulo à imaginação e à fantasia [“Por quem as ama sem nunca as ter provado!...”].
A hipótese [“…Talvez os espinhos,”] nos reserva a conformidade [“Sejam a provação dos caminhos,”]. A harmonia das rimas [‘demora’ / ‘amora’], confluente com a sensibilidade d’Alma, confirma o desfecho erótico do desejo que não alcança o prazer, contido, entretanto, senão no desejo de superação.
Há sabores que nunca serão provados e há provas que nunca nos serão dadas. Exceto pela poesia, d’Alma.
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D'Alma,
ResponderEliminarMeus sentidos que interpretam a linguagem poética. Um belo poema percebido no que indica os versos do poema Amora. Adorei. Obrigada.
Beijos com carinho e ótimo dia.
um poema com várias interpretações, gostei muito, principalmente desta estrofe
ResponderEliminar"Serão tão amadas sem nunca terem amado"
um beij
Belo poema e belo gosto. Sem sem fruta, no desejo de ser amora sem demora.
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